A intimidade como imaginação política: o popular na obra de Feliciano Centurión
DOI:
https://doi.org/10.5965/2175234616402024e0015Palavras-chave:
Arte contemporânea, Arte têxtil, Artesanato Paraguaio, Cultura Popular, Feliciano CenturiónResumo
Em um contexto pós-moderno, onde diferentes identidades se entrecruzam, campos ditos opostos se veem em processo de contaminação. Nesse cenário, esta pesquisa visou analisar a posição da obra do artista paraguaio Feliciano Centurión (1962-1996) em intersecções entre dicotomias como o culto e o popular, o hegemônico e o subalterno, o moderno e o tradicional. Para tanto, foram investigadas as adjetivações por vezes atribuídas à obra do artista, como Arte Light, Arte Rosa e Arte Guarango, consequência de seu vínculo com o Centro Cultural Ricardo Rojas, peça fundamental para o contexto artístico de Buenos Aires na década de 1990. Além disso, buscou-se refletir os aspectos simbólicos, políticos e identitários na manipulação de materiais cotidianos e têxteis por parte de Centurión, que explorou a intimidade, o feminino, a temática gay e as tradições têxteis paraguaias, como o Ñanduti e o Ao Po’i. A pesquisa contou também com apreciação da literatura relativa à história da arte, aos estudos culturais e à crítica contemporânea, com enfoque na América Latina e nas diferentes representações do popular. Por fim, pautada nos estudos acerca do hibridismo, esta investigação aponta Centurión como um artista liminar, que entre múltiplas categorias identitárias, abala as limitações do cânone.
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