Implicações e desdobramentos de uma direção compartilhada

apontamentos a partir de um processo de criação em modo colaborativo conduzido por três encenadoras

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5965/2358092525252021210

Palavras-chave:

Encenação, Processos colaborativos, Teatro pós-dramático

Resumo

Dentre muitas possibilidades abertas pelo modo de organização das e dos artistas em um processo de criação colaborativo, observa-se o desafio de desenvolver uma encenação compartilhando a função de encenadora. O presente trabalho propõe analisar um exercício criativo desenvolvido em componentes curriculares em contexto universitário, problematizando atravessamentos observados em um processo colaborativo dirigido por três encenadoras. Diante de uma encenação compartilhada, são apresentadas considerações sobre o fazer da encenadora destacando as implicações e possibilidades que a função partilhada pode revelar. Como aparato teórico há uma aproximação aos estudos de Fagundes (2009, 2016) e Fischer (2003), dentre outros autores e autoras, para aprofundar as relações sobre aspectos poéticos, éticos e políticos do fazer da encenadora.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Elisabete de Paula de Lemos Neris, Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)

Licenciada em Teatro pela Universidade Federal de Santa Maria. Professora de Teatro. Encenadora, atriz e fotógrafa.

Marcia Berselli, Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).

Professora do Departamento de Artes Cências da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Líder do Grupo de Pesquisa Teatro Flexível: práticas cênicas e acessibilidade (CNPq/UFSM) e do Laboratório de Criação (LACRI/CNPq). Coordenadora do Programa de EXtensão Práticas cênicas, escola e acessibildiade. Artista da cena.

Referências

ARAÚJO, Antônio. O processo colaborativo como modo de criação. Revista Olhares, São Paulo, n.01, p. 48-51, 2009. Disponível em: https://www.olharesceliahelena.com.br/index.php/olhares/article/view/8. Acesso em: 09 abr. 2021.

ARY, Rafael. SANTANA, Mario. Da criação coletiva ao processo colaborativo. Pitágoras 500, São Paulo, vol. 9, p. 23-42, 2015. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/pit500/article/view/8647190. Acesso em: 09 abr. 2021.

BERSELLI, Marcia; BRESSAN, Vanessa C.; TIEPPO, Juliana G.; SOLDERA, Natália P. Processo colaborativo e a busca pela horizontalidade das relações entre as funções da cena: procedimentos, práticas e estratégias de criação. Conceição | Concept, Campinas, v. 7, n. 2, p. 90-115, 2018. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/conce/article/view/8650145. Acesso em: 09 abr. 2021.

BOURDIEU, Pierre. O poder simbólico. [Trad. de Fernando Tomaz]. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1989.

CARVALHO, Marcelo Braga de. Processo de Formação do Ator e

Montagem Teatral como Prática Pedagógica: Uma Abordagem

Segundo Myrian Muniz. Revista Aspas, São Paulo, v. 2, n. 1, p.

-37, 2012. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/aspas/article/

view/62870. Acesso em: 5 jun. 2021.

FAGUNDES, Patrícia. O diretor como artista relacional. Cena, Porto Alegre, n.20, p. 159-167, 2009. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/cena/article/view/61158. Acesso em: 09 abr. 2021.

FAGUNDES, Patrícia. O teatro como um estado de encontro. Cena, Porto Alegre, n.7, p. 31-41, 2009. Disponível em https://seer.ufrgs.br/cena/article/view/11156. Acesso em: 09 abr. 2021.

FAZZIONI, Mateus Junior; BERSELLI, Marcia; PEREIRA, Diego

de Medeiros. “Não há ninguém”: violências contemporâneas

e lugares de fala na cena performática. Cena, Porto Alegre, n.

, p. 78-89, 2019. Disponível em https://seer.ufrgs.br/cena/article/

view/92684. Acesso em 05 jun. 2021.

FISCHER, Stella. Processo colaborativo: experiências de companhias teatrais brasileiras nos anos 90. 2003. 231f. Dissertação (Mestrado em Artes) – Universidade Estadual de Campinas, Unicamp. São Paulo, 2003.

LEHMANN, Hans-Thies. O teatro pós-dramático. [Trad. Pedro Sussekind]. São Paulo: Cosac e Naify, 2007.

LEHMANN, Hans-Thies. Teatro Pós-dramático, doze anos depois. Rev. Bras. Estudos da Presença, Porto Alegre, v. 3, n. 3, p. 859-878, set./dez. 2013. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/presenca/article/view/39703. Acesso em: 09 abr. 2021.

PEREIRA JUNIOR, Mario Celso; SILVA, Juliana Caroline; GIMMLER

NETTO, Maria Amélia; VIEIRA FERNANDES, Fernanda. Processo

Colaborativo de Criação em Combate: diálogo entre teoria e

prática mediante relatos de experiências. RELACult - Revista

Latino-Americana de Estudos em Cultura e Sociedade, Foz do

Iguaçu, v. 3, n. 2, p. 44–53, 2017. Disponível em: https://periodicos.

claec.org/index.php/relacult/article/view/409. Acesso em: 5 jun. 2021.

SOLDERA, Natalia. O papel do diretor de teatro no processo de criação de cenas plurais. Revista da Fundarte, Montenegro, nº 35, p. 126-142, 2018. Disponível em: http://seer.fundarte.rs.gov.br/index.php/RevistadaFundarte/article/view/458. Acesso em: 09 abr. 2021.

TORRES, Walter Lima. Os diferentes processos de encenação e as diferentes acepções do encenador. Repertório: Teatro e Dança, Salvador, v. 12, n.13, p. 34-47, 2009. Disponível em: https://periodicos.ufba.br/index.php/revteatro/article/view/4011. Acesso em: 09 abr. 2021.

VIDOR, Heloise Baurich; BISCARO, Bárbara. Coro dos Maus

Alunos – notas de um processo de montagem. Urdimento -

Revista de Estudos em Artes Cênicas, Florianópolis, v. 1, n. 34, p.

-018, 2019. Disponível em: https://www.revistas.udesc.br/index.php/

urdimento/article/view/1414573101342019006. Acesso em: 5 jun. 2021.

Downloads

Publicado

2021-09-01

Como Citar

NERIS, Elisabete de Paula de Lemos; BERSELLI, Marcia. Implicações e desdobramentos de uma direção compartilhada: apontamentos a partir de um processo de criação em modo colaborativo conduzido por três encenadoras. Revista NUPEART, Florianópolis, v. 25, n. 1, p. 210–231, 2021. DOI: 10.5965/2358092525252021210. Disponível em: https://revistas.udesc.br/index.php/nupeart/article/view/20113. Acesso em: 13 dez. 2024.

Edição

Seção

Fluxo Contínuo