CHAMADA PARA REVISTA MÓIN-MÓIN, Ed. 33 - Teatro de Animação e Sonoridades
Esta edição da revista pretende estudar a intersecção entre o teatro de animação (bonecos, máscaras, objetos animados e sombras), o som e o espaço sonoro.
Entre as abordagens que podem ser desenvolvidas, mas não se limitando a elas, temos:
- A escuta ampliada no teatro de animação
- O som como elemento animador: como a sonoridade (música, ruídos, vozes) pode dar vida e expressividade a objetos e bonecos, transcendendo a mera ilustração.
- A dramaturgia sonora: análise de espetáculos em que o design de som é um pilar fundamental da narrativa e do desenvolvimento de personagens.
- O corpo do ator-manipulador e sua voz: a relação entre a sonoridade vocal do ator e a "voz" que ele confere ao boneco.
- Silêncio e suspensão: a importância do silêncio e das pausas sonoras na construção da atmosfera e da tensão dramática.
- Espaço sonoro e ambientes virtuais/digitais
- Cenografia sonora: como o som constrói o ambiente cênico e dialoga com a cenografia visual.
- Imersão auditiva: o uso de sistemas de som multicanais e tecnologias imersivas para criar experiências auditivas envolventes no teatro de animação.
- Paisagens sonoras imaginárias: a criação de mundos sonoros que sugerem espaços não visíveis ou metafóricos.
- Interatividade sonora: projetos que permitem ao público ou aos performers manipularem elementos sonoros em tempo real.
- Técnicas e tecnologias sonoras para animação
- Foley e a arte dos ruídos: a criação de sons para simular ações de bonecos e objetos.
- Automação e robótica sonora: o uso de tecnologias para manipular sons e criar paisagens sonoras dinâmicas.
- Gravação de campo e sons do cotidiano: como sons do ambiente real podem ser capturados e transformados para uso cênico.
- A utilização de instrumentos musicais inusitados: exploração de instrumentos não convencionais ou objetos sonoros na composição para teatro de animação.
- A relação som-objeto/boneco
- A "voz" do objeto: como a sonoridade intrínseca de um objeto (seu ruído ao ser manipulado, sua ressonância) pode ser explorada e amplificada.
- Sons orgânicos e inorgânicos: a dicotomia entre sons que emanam do próprio boneco/objeto e sons externos adicionados.
- Sinestesia e percepção multissensorial: como o som e a imagem se fundem para criar uma experiência completa.
- O boneco como fonte sonora: projetos onde o próprio boneco ou objeto emite sons, seja por mecanismos internos ou pela interação com o manipulador.
- Memória, história e patrimônio sonoro
- Sons de tradições e rituais: o papel da sonoridade em formas de teatro de animação tradicionais (ex: teatro de sombras, bunraku).
- Arquivamento e registro de paisagens sonoras: a importância de preservar os sons de espetáculos de teatro de animação.
- A sonoridade na pesquisa e ensino: como o estudo do som pode enriquecer a formação de artistas e pesquisadores em teatro de animação.
Podem ser enviadas pesquisas aprofundadas e análises teóricas (artigos acadêmicos); conversas com diretores, designers de som, atores-animadores e compositores (entrevistas); análise de espetáculos específicos que se destacam pela sua sonoridade (estudos de caso); críticas de livros, espetáculos ou gravações sonoras relacionadas (resenhas) e traduções.
Encorajamos a submissão de artigos originais, traduções, entrevistas e relatos inéditos que aprofundem o conhecimento sobre essa fascinante intersecção entre arte, cultura e sociedade.
Aguardamos suas contribuições para iluminar o palco da celebração e suas intrínsecas ligações com o teatro de animação e a vida em comunidade. As orientações para submissão e nosso template para artigos encontram-se na página “diretrizes para autores”.
Diretrizes para Submissão:
https://www.revistas.udesc.br/index.php/moin/about/submissions#authorGuidelines