Submissões Abertas (Próximas Edições)
2023 / 01 - Dossiê Temático:
V.1, Ed. 28: Teatro de Bonecos africano e afrodiaspórico
Submissões até 1 de julho de 2023 / Publicação agosto 2023
Na África existem cerca de 490 etnias diferentes, o que produz um panorama variado entre arte tradicional, popular, contemporânea ou acadêmica. Exemplo disso são as máscaras utilizadas em rituais, festividades e cerimônias, apreciadas em museus metropolitanos e que influenciaram a obra de diversos artistas ocidentais, num complexo movimento que ora passa pela inspiração, ora pelo saque dos patrimônios culturais e apropriação.
No Teatro de Bonecos desse imenso continente, temos também uma incrível variedade de formas, seja numa dimensão comunitária, itinerante ou profissionalizada em festivais e eventos, que perpassa tanto o tradicional quanto o inovador.
A influência das culturas presentes no continente africano é imensa e diversa por todo o mundo, em especial no Brasil, por constituir uma matriz cultural.
Sabemos que os regimes coloniais foram os responsáveis pelo fluxo da imigração forçada pelo contexto de escravidão que aqui se instaurou a partir do século XVI e que, pela via da cultura, protagonizaram séculos de resistências que ressoam até o presente.
Nesta edição sobre o Teatro de Bonecos africano e afrodiaspórico, convidamos pesquisadores e artistas a escreverem e compartilharem seus estudos e reflexões a respeito das influências, no panorama mundial, desse conjunto de valores, crenças e modos de agir oriundo das culturas africanas.
Quais trocas e sociabilidades, quais referentes estéticos foram construídos a partir de outros modos de ver o mundo, outras crenças e ideias? Como se encontra hoje a produção em Teatro de Bonecos nos países que compõem o continente africano? Quais são os diferentes tipos de produções que desenvolvem? Quais suas participações no contexto escolar, comunitário e cosmogônico? Como se produz e se garante hoje a transmissão de suas práticas e saberes tanto em espaços formais como não formais? Quais são suas perspectivas futuras? Quais as tensões entre fazeres tradicionais e assimilação de procedimentos ocidentais? Quais os impactos das mídias na produção e circulação das produções? Onde percebemos a influência do Teatro de Bonecos africano no Teatro de Formas Animadas brasileiro e latino-americano? Quais artistas/grupos brasileiros utilizam temas conexos/estéticas ou influência africana em seus espetáculos? Quais abordagens possíveis de aproximação às matrizes afrodiaspóricas encontramos hoje? Quais as potências e qual é o papel dessas referências no trabalho para uma educação antirracista e anticolonial? Quais as fronteiras entre pesquisa, interculturalidade e apropriação colonial?
Esperamos que este conjunto de provocações estimule a produção acadêmica sobre essas e outras questões dentro da temática.
Acesso ao site da Revista Móin-Móin:
https://www.revistas.udesc.br/index.php/moin
Diretrizes para autores:
https://www.revistas.udesc.br/index.php/moin/about/submissions#authorGuidelines
2023 / 02 - Dossiê Temático:
V.2, Ed. 29: Teatro de Objetos: memória e história
Submissões até 31 de outubro de 2023 / Publicação dezembro de 2023
No contexto europeu, a transição do século XIX para o século XX é marcada por investigações acerca do potencial metafórico do boneco e dos objetos. Muitos(as) artistas trouxeram novas expressões plásticas e sígnicas para o boneco e para o objeto. Sergëi Obratsov, Alfred Jarry, Sophie Tauber, Paul Klee, Juan Miró, Alexander Calder, Fernand Léger, Marcel Duchamp, Tadeusz Kantor, entre tantos outros(as).
Os movimentos surgidos nesse período perseguiram modos de sintetizar e simbolizar a imagem ao máximo. O gênero do Teatro de Bonecos renovou-se notadamente a partir da década de 1950: os(as) artistas passaram a se interessar pelo objeto usual e pela possibilidade de desviá-lo de sua função inicial, encarnando-o em personagem ou transformando-o em efígie. Objetos do cotidiano, geralmente utilizados em seu estado bruto, passam a adquirir sua própria vida em espaços ficcionalizados, representando ideias e servindo de suporte para a interpretação do ator/da atriz. Dessa forma, a eleição de um objeto para que protagonize um espetáculo passa a incluí-lo na cena com sua história prévia e permite ao ator/a atriz ser ele/ela mesmo e também o objeto. A partir dos anos 1980, o objeto desponta com força na cena tetral europeia, propagando-se mundialmente, a partir do trabalho de diversas companhias, entre as quais, Théâtre de Cuisine, Vélo Théâtre e Théatre Manarf.
Surge uma vertente do Teatro de Animação ou uma linguagem à parte? Quais as dinâmicas que caracterizam essa forma teatral? Que transformações essa nova concepção insurgente traz para a escritura cênica textual e plástico-visual? Que reflexões e conflitos o confronto do humano com o objeto provocam na cena? Podemos falar de um sistema do teatro objetual que busca apreender os diferentes sentidos do objeto? Quais seus antecedentes? Quais as características das dramaturgias para o Teatro de Objetos?
Quais grupos, processos e espetáculos se notabilizaram e desenvolveram esse gênero? Quais as influências das artes visuais nas experiências com os objetos em ação dramática? Quais as possíveis aproximações pedagógico-teatrais com objetos animados? Quais as potências que esse teatro pode evocar hoje e como ele se relaciona com a sociedade contemporânea? O que é o Teatro de Objetos documental? Objetos encontrados, objetos estranhados e objetos pobres, quais as dimensões que encontram na cena teatral? Como se manifestam os diferentes universos poéticos possíveis? Quais experimentos e investigações estão sendo realizados hoje nesse campo? Quais as relações entre o teatro de objetos e a sociedade de consumo e a urgência pelo cuidado ambiental? Qual a formação necessária para o ator/a atriz no Teatro de Objetos? Como a América Latina tem desenvolvido essa vertente teatral?
Provocamos os autores/as autoras a contribuírem com a Revista Móin Móin sobre o tema “Teatro de Objetos: memória e história”, refletindo sobre essas e outras questões, enviando textos autorais, traduções e relatos inéditos.
Acesso ao site da Revista Móin-Móin:
https://www.revistas.udesc.br/index.php/moin
Diretrizes para autores:
https://www.revistas.udesc.br/index.php/moin/about/submissions#authorGuidelines
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