In(visibilidades) da formação do(a) alfabetizador(a) que atua na região do Pantanal Sul-mato-grossense e fronteiriça
DOI :
https://doi.org/10.5965/1984723826612025063Mots-clés :
formação docente, alfabetização, Pantanal, fronteiraRésumé
Este artigo parte da problematização acerca da formação de alfabetizadores(as) que atuam em contextos de invisibilidades, poucos alcançados pelas políticas amplas. Inserido no Pantanal Sul-mato-grossense e na fronteira Brasil-Bolívia, o município de Corumbá, Mato Grosso do Sul, tem as seguintes singularidades no cenário educacional: (i) escolas localizadas na região ribeirinha que funcionam a partir do ciclo das águas pantaneiras; e (ii) significativa população de origem boliviana nas escolas, com alunos(as) que residem na Bolívia e estudam no Brasil, cujo principal idioma é o espanhol. Neste texto tenciona-se, de um lado, as necessidades formativas específicas dos(as) professores(as) alfabetizadores(as) e que estão silenciadas nas políticas de formação docente, seja no âmbito nacional ou estadual. De outro, as experiências colaborativas de formação desenvolvidas na parceria Universidade e Escola a partir das pesquisas realizadas, que ouviram professores(as) alfabetizadores(as) dessa região. Numa abordagem qualitativa, de cunho bibliográfico, o estudo conta com o levantamento de pesquisas e de ações colaborativas entre escola/universidade desenvolvidas em Corumbá e voltadas a alfabetizadores(as) que atuam em escolas ribeirinhas, ou que possuem alunos de origem boliviana em suas turmas. A análise empreendida aponta a necessidade de uma formação para o acolhimento das crianças, pois precisam ser visibilizadas e terem seus direitos garantidos. É necessária a proposição de políticas de formação que considerem as necessidades de formação e o direito à leitura e escrita a todos(as) nesses contextos diversos. Também há importância em socializar e dar visibilidade ao trabalho que vem sendo realizado nesses espaços.
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