La Perspectiva Intercultural como Base para Imaginar una Educación Democrática para los Pueblos Autóctonos y para la Sociedad Multicultural en América Latina <br> A Perspectiva Intercultural como Base para Imaginar uma Educação Democrática para os Povos Autóctones e para a Sociedade Multicultural na América Latina <br> Intercultural Perspective as Basis for Proposing a Democratic Education for Indigenous People and for the Multicultural Society in Latin America

Autores

  • José Marín UNESCO - África

Resumo

En 1993 las Naciones Unidas proclamaban «La década de los pueblos autóctonos», oficializando ese concepto. No se puede hablar de una perspectiva intercultural en educación, sin hacer referencia a la dimensión política que se encuentra al origen de los programas educativos oficiales, que ignoran la diversidad cultural y lingüística. Estos programas en América Latina están impuestos por los Estados nacionales y están relacionados con una política de asimilación de las minorías indígenas. La primera parte de nuestro artículo esta a una breve introducción teórica general sobre las experiencias interculturales en educación, en el contexto de América del Norte y en América Latina; la segunda parte trata brevemente de las experiencias de América del Sur, tomando como referencia principal la experiencia peruana. La forma por cual se desarrollan las sociedades contemporáneas está impregnada por la interculturalidad, en contextos muy diferentes, que van desde la descolonización, la guerra, el genocidio, la crisis económica, la constitución de bloques hegemónicos, las catástrofes ecológicas y las migraciones desesperadas, dentro del marco histórico de la Globalización actual. Este proceso provoca una enorme destrucción del medio ambiente, mutaciones socio-económicas y culturales, destrucción del mercado de trabajo y una creciente exclusión social. La reflexión intercultural tiene como preocupación fundamental de proponer una pedagogía apropiada a las la sociedades multiculturales. La interculturalidad se construye sobre la base del respeto y la valorización de la diversidad cultural y nos permite desarrollar una percepción del mundo, como un lugar histórico, donde se deben compartir entre todos los seres vivientes. El hecho de respetar y reconocer la existencia de la alteridad -“los otros”- nos obliga a reflexionar sobre la calidad de nuestras relaciones con los demás. Esta reflexión tiene implicaciones profundas para la sociedad en que vivimos, con sus contradicciones y fundamentalmente con una escuela, en tanto institución intermediaria entre el Estado y la sociedad y en consecuencia mediadora de la diversidad cultural y lingüística existente en nuestras sociedades.

Palabras-clave: Interculturalidad. Decentración cultural. Alfabetización bilingüe. América Latina. Educación Democrática. Pueblos autóctonos.


Resumo Em 1993, as Nações Unidas proclamaram “A década dos povos autóctones”, oficializando esse conceito. Não se pode falar de uma perspectiva intercultural na educação, sem fazer referência à dimensão política que está na base dos programas educativos oficiais impostos pelos Estados-Nação, relacionando à diversidade lingüística e cultural ignorada pelo sistema escolar, que está inserido em uma política de assimilação das minorias étnicas da América Latina. A primeira parte de nosso artigo é dedicada a uma breve introdução teórica geral sobre as experiências interculturais em educação, no contexto histórico da América do Norte e da América Latina; a segunda parte trata brevemente das experiências da América do Sul, tomando como referência principal a experiência peruana. A forma pela qual se desenvolvem as sociedades contemporâneas está impregnada pela interculturalidade em contextos muito diferentes, que vão desde a descolonização, a guerra, o genocídio, a crise e a recessão econômica, a constituição de blocos hegemônicos e as migrações, até a atual globalização. Este processo provoca uma enorme destruição do meio ambiente, das mutações sócio–econômicas e culturais, a destruição do mercado de trabalho e as exclusões. A reflexão intercultural tem como conseqüência uma preocupação fundamental, que é a de criar uma pedagogia apropriada às sociedades multiculturais. A comunicação se constrói então, sobre a base do respeito à diversidade cultural e nos permite desenvolver uma perspectiva do mundo como um lugar histórico a ser compartilhado entre todos os seres viventes. O fato de reconhecer e de respeitar a existência da alteridade – “os outros”, obriga-nos a refletir sobre a qualidade de nossas relações com os demais. Esta reflexão tem implicações profundas para a sociedade em que vivemos, com suas contradições e fundamentalmente com a escola enquanto instituição intermediária entre o estado e a sociedade, sendo conseqüentemente mediadora da diversidade cultural e lingüística existente nessa mesma sociedade.

Palavras-chave Interculturalidade. Descentração cultural. Alfabetização bilíngüe. América Latina. Educação democrática. Povos autóctonos.

Abstract In 1993, the United Nations proclaimed the ‘Decade of the world’s indigenous people, turning this concept official. One cannot talk about an intercultural perspective in education without referring to the political dimension, which constitutes the basis for the official educational programs established by the State-Nations, and without relating them to the linguistic and cultural diversity neglected by the school system, which is inserted in a policy of ethnic minority assimilation in Latin America. The first part of our article presents a brief general theoretical introduction to intercultural practices in education, in the historical context of North America and South America, focusing on the Peruvian experience. The way the contemporary societies develop is impregnated with intercultural exchanges in many different contexts, from decolonization, war, genocide, economic crisis and recession, the formation of hegemonic blocks, and migrations up to present-day globalization. It is the latter that causes the socio-economic and cultural mutations and contradictions, and the destruction of the labor market and consequent exclusions. A serious consideration of interculturality results in the basic concern over creating an adequate pedagogy for multicultural societies. Communication is then constructed based on the respect for cultural diversity and allows us to develop a perspective of the world as a historical place to be shared among living beings. The fact we recognize and respect the existence of alterity – ‘the others’- forces us to reflect on the quality of our relation with the others. Such reflection has deep implications for the society in which we live, with its contradictions and having the school basically as the intermediate institution between state and society, and thus the mediator of the cultural and linguistic diversity existing in that society.

Keywords Interculturality. Cultural decentralization. Bilingual education. Latin America. Democratic education. Indigenous peoples.

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Biografia do Autor

José Marín, UNESCO - África

Sociólogo y antropólogo, Doctor en Antropología por la Universidad de La Sorbonne y ha realizado estudios de Post-grado en el Instituto de Altos Estudios de América Latina de Paris. Actualmente colabora con diferentes Instituciones académicas de Europa, América Latina y ha colaborado con la UNESCO en el África.

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Publicado

2008-09-26

Como Citar

MARÍN, José. La Perspectiva Intercultural como Base para Imaginar una Educación Democrática para los Pueblos Autóctonos y para la Sociedad Multicultural en América Latina <br> A Perspectiva Intercultural como Base para Imaginar uma Educação Democrática para os Povos Autóctones e para a Sociedade Multicultural na América Latina <br> Intercultural Perspective as Basis for Proposing a Democratic Education for Indigenous People and for the Multicultural Society in Latin America. Revista Linhas, Florianópolis, v. 8, n. 1, 2008. Disponível em: https://revistas.udesc.br/index.php/linhas/article/view/1368. Acesso em: 22 dez. 2024.

Edição

Seção

Artigo