Biopolítica de endereçamentos de gênero no currículo do forró eletrônico
DOI :
https://doi.org/10.5965/1984723816302015180Résumé
Este artigo parte do pressuposto de que o forró eletrônico consiste em um currículo cultural cujas músicas se valem de articulações entre corpo e gênero para constituir sujeitos. O objetivo é significar o forró eletrônico como currículo endereçado de forma a constituir um público por meio daquelas articulações. Fundamentado nas teorias pós-críticas da educação, argumenta que os endereçamentos do forró eletrônico exercem uma biopolítica que transforma sua audiência em público forrozeiro. São analisados fragmentos discursivos de 66 músicas de forró eletrônico por meio de perspectivas metodológicas inspiradas nas análises foucaultianas, evidenciando alguns dos tipos masculinos e femininos disponibilizados pelas referidas músicas. Conclui-se que o corpo é o elemento unificador de efeitos de poder que buscam converter ouvintes de forró eletrônico em sujeitos de um público forrozeiro.
Palavras-chave:Biopolítica; Modos de endereçamento; Gênero; Forró eletrônico.
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