Normalistas, ensino público escolar e cultura de elite: o contexto da Escola Normal Catharinense de 1892
DOI:
https://doi.org/10.5965/1984723823532022012Palavras-chave:
Escola Normal, formação de professores, ensino públicoResumo
O movimento pela difusão do ensino que se desenhou na Europa desde o século XVII se fortaleceu no século XVIII e se enraizou para as sociedades americanas no século XIX, anunciava os propósitos dos estados nacionais em fortalecer preceitos liberais de cultura, civilidade e moralidade pela via da formação de professores para o magistério das primeiras letras nas chamadas Escolas Normais. No Brasil, e no caso particularizado aqui, em Santa Catarina, a Escola Normal se movia, na conjuntura das províncias e depois dos estados, entre precárias estruturas e grandes esperanças manifestas nos posicionamentos das elites intelectuais e administrativas e suas aspirações de progresso e ordem pública. O objetivo deste trabalho é, a partir do estudo que resultou da Dissertação de Mestrado intitulada A Escola Normal Catharinense de 1892: profissão e ornamento, retomar algumas características de organização desta escola, assim como aspectos do contexto de sua criação. São destacados dois distintivos: os elementos formativos do curso com as especificidades para o ensino das primeiras letras; e o apego aos conhecimentos gerais como ornamento da cultura das elites e para as elites oferecidos pela mesma escola. A revisita ao texto da dissertação compreende a retomada de leituras do referencial bibliográfico que serviu de fonte para a articulação com o material documental levantado no Arquivo Público do Estado de Santa Catarina, a respeito da Escola Normal e do ensino público na Província e no Estado. Compreende também a releitura de trechos dos relatórios oficiais e seu cotejamento com novos referenciais bibliográficos.
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