Manuais pedagógicos e programas de ensino: interpretações da Escola Nova sobre a prática de ensino na formação de professores (1946-1961)
Resumo
O presente estudo intenta contribuir para a compreensão do movimento de circulação das ideias da Escola Nova no estado de São Paulo, entre os anos de 1946 e 1961, considerado pela historiografia como período de sedimentação das diretrizes escolanovistas no âmbito normativo de leis e decretos. Para tanto, tomaremos como fonte de pesquisa as prescrições educacionais contidas nos programas de ensino, publicados através de portarias da Secretaria de Estado da Educação e manuais pedagógicos produzidos para uso nos cursos de formação de professores primários, destinados à disciplina de Prática de Ensino/Metodologia e Prática do Ensino Primário, entendendo-os como dispositivos mediadores entre as normas legislativas e a prática docente. Essas fontes configuram um repertório de conhecimentos profissionais, pois reguladas pelo campo doutrinário prescrevem modos para torná-los praticáveis. Pretende-se fazer a análise sob a luz do referencial teórico-metodológico da História Cultural, que proporciona o embasamento para pensar as práticas sociais e pedagógicas como componentes importantes das concepções teóricas e como elementos de consolidação das ideias em circulação. A análise está baseada nos programas de ensino para o curso de formação de professores publicados em 1953, 1954, 1958 e 1960 e, também, nos manuais didáticos: Noções de Prática de Ensino (1951) e Metodologia do Ensino Primário (1952), de Theobaldo Miranda Santos. Tais fontes permitem a compreensão de diferentes apropriações por meio das quais a renovação pedagógica foi posta em circulação, estabelecendo continuidades práticas e contribuindo para a incorporação de saberes à cultura escolar.
Palavras-chave: Circulação de Ideias. Escola Nova. Manuais Pedagógicos. Programas de Ensino. Prática de Ensino.
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