Genealogia e imoralidade: o currículo entre experimentações nômades e estratificações sedentárias

Autores

  • Angelica Vier Munhoz Centro Universitario Univates
  • Cristiano Bedin da Costa Centro Universitário Univates

DOI:

https://doi.org/10.5965/1984723815292014423

Resumo

Este estudo apresenta os objetivos de uma pesquisa sobre especificidades curriculares em espaços escolarizados e não escolarizados. Ao problematizar o currículo, está comprometido com a questão da valoração, ou seja: por que certos tipos de conhecimento, sujeito e subjetividade são desejáveis em detrimento de outros? Trata-se, através do método genealógico proposto por autores como Friedrich Nietzsche e Michel Foucault, de perguntar sobre as forças que compõem o currículo, sobre os critérios morais para decidir o que é bom e o que é mau, o que é certo e o que é errado no currículo. Pergunta-se: para quem o currículo é um valor, em que circunstâncias foi criado, que forças estiveram em luta na sua criação e imposição? Tomando-se o valor e o conhecimento como invenções, e não como dados naturais transcendentes, afirma-se o caráter histórico, acidental e contingente dos valores curriculares problematizados, abrindo-se a possibilidade de sua recriação – não se trata de uma invalidação, tampouco de uma renúncia, mas de um apontamento: o valor colocado em seu devido lugar, problematizado. A pesquisa, ainda em fase inicial, através de entrevistas, registros, análise de documento e observações, busca desenvolver diversos olhares sobre o currículo escolar enquanto território coletivo e político que interage com forças diferenciadas, dispositivos disciplinares e possibilidades de experimentação.

 

Palavras-chave: Currículo; Espaços escolarizados e não escolarizados; Genealogia.

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Biografia do Autor

Angelica Vier Munhoz, Centro Universitario Univates

ngélica Vier Munhoz possui graduação em Pedagogia pela PUCRS; especialização em Psicopedagogia Institucional pela UNISC; mestrado e doutorado em Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2009 - Capes 6), com bolsa sanduiche Capes na Université Paris VIII (Vincennes Saint Denis), Departements de Arts, Philosophie et Esthétique. É professora titular do Centro de Ciências Humanas e Jurídicas e do Programa de Pós-graduação - Mestrado em Ensino de Ciências Exatas e Mestrado em Ensino - Centro Universitário UNIVATES. Atualmente também é Coordenadora do Curso de Pedagogia dessa instituição. Atua na área de educação com ênfase em estudos do currículo, pedagogias e diferenças, pensamento e aprendizagem, Filosofia da diferença. Os temas mais frequentes na produção científica são: currículo, diferenças, aprendizagem, corpo-pensamento, dança

Cristiano Bedin da Costa, Centro Universitário Univates

Psicólogo pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM); Doutor em Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS); Docente dos cursos de Graduação em Psicologia, Pedagogia e Licenciaturas no Centro Universitário UNIVATES; Interessa-se pelas relações entre Arte, Literatura e Filosofia, tomadas como intercessores do pensamento em Educação; Com Foucault, Deleuze, Nietzsche e Barthes, pesquisa estratégias de criação em meio às formações curriculares contemporâneas.

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Publicado

2014-10-15

Como Citar

MUNHOZ, Angelica Vier; COSTA, Cristiano Bedin da. Genealogia e imoralidade: o currículo entre experimentações nômades e estratificações sedentárias. Revista Linhas, Florianópolis, v. 15, n. 29, p. 423–437, 2014. DOI: 10.5965/1984723815292014423. Disponível em: https://revistas.udesc.br/index.php/linhas/article/view/1984723815292014423. Acesso em: 4 nov. 2024.