Correções, Retratações e Questões Pós-Publicação

A Revista de Ensino em Artes, Moda e Design segue rigorosos padrões éticos e está comprometida com a integridade acadêmica e científica de seus conteúdos. Após a publicação, a revista está aberta a processos de revisão pós-publicação, permitindo que leitores, avaliadores ou membros da comunidade científica levantem questionamentos ou preocupações sobre a integridade ou precisão de um artigo.

Caso sejam identificadas questões éticas, como plágio, fraude ou erros substanciais, ou técnicas, como falhas metodológicas, a equipe editorial investigará o caso com base nas diretrizes do Committee on Publication Ethics (COPE) e poderá tomar medidas corretivas. Se a má conduta for comprovada, uma retração formal será emitida e divulgada publicamente, conforme recomendado pela COPE, para assegurar a correção do registro acadêmico. Mais detalhes sobre o processo de retratação podem ser consultados nas diretrizes do COPE.

Os autores devem armazenar os dados brutos da pesquisa por um período de 5 (cinco) anos após a publicação, preferencialmente em repositórios de dados, para garantir que esses materiais possam ser acessados em eventuais processos de revisão.

1. Identificação da Questão
         I. Quem pode levantar a questão? Qualquer pessoa envolvida no processo editorial ou um leitor pode levantar uma preocupação sobre o artigo publicado. Essas preocupações podem incluir plágio, falsificação de dados, duplicidade de publicação ou outras questões éticas e metodológicas.
         II. Ação inicial: As questões podem ser levantadas de maneira confidencial para o editor-chefe por correio eletrônico (e-mail) ou por meio de um portal de reclamações.

2. Avaliação Preliminar
         I. Avaliação de mérito: A equipe editorial realizará uma avaliação inicial para determinar se a alegação é plausível e relevante. O COPE sugere uma abordagem imparcial e objetiva para não prejudicar indevidamente os autores envolvidos.
         II. Confirmação dos dados: O editor pode solicitar aos autores informações adicionais ou explicações. Eles devem fornecer qualquer dado ou documentação relacionada ao estudo, conforme as melhores práticas editoriais mencionadas, como o armazenamento de dados brutos por 5 anos após a publicação.

3. Consulta a um Comitê de Integridade
         I. Comitê de Integridade: Se a alegação for complexa o caso pode ser encaminhado a um comitê específico. Esse comitê pode incluir editores, especialistas metodológicos, e, se necessário, apoio legal.
         II. Avaliação da Alegação: O COPE recomenda que as alegações sejam investigadas minuciosamente com base em evidências concretas, como análises estatísticas, verificações de similaridade (usando software como iThenticate) ou revisões metodológicas.

 4. Determinação da Ação
         I. Possíveis resultados:
          a) Declaração de preocupação: Se a questão ética ou metodológica não puder ser resolvida rapidamente, uma declaração de preocupação pode ser emitida para alertar os leitores enquanto a investigação continua.
          b) Retratação: Se houver confirmação de má conduta grave, como falsificação ou plágio, a retratação do artigo será publicada. Segundo o COPE, a retratação deve ser clara e vinculada ao artigo original, explicando os motivos da ação.
          c) Correção (Errata): Em caso de erros menores, como imprecisões metodológicas ou dados incorretos, uma errata pode ser emitida para corrigir o erro sem a necessidade de retratação.

5. Retratação Formal
         I. Publicação da Retratação: A retratação deve ser claramente identificada e vinculada ao artigo original. A COPE recomenda que o artigo original não seja removido, mas que uma marca visível de "retratado" seja adicionada ao documento para preservar a integridade do registro científico.
         II. Notificação: Além da publicação formal da retratação, todas as partes envolvidas, incluindo o(s) autor(es), instituição(ões) afiliada(s) e agências de fomento, devem ser notificadas da decisão.

6. Pós-Retração
         I. Consequências: Dependendo da gravidade do caso, A COPE recomenda que as instituições acadêmicas e agências financiadoras sejam envolvidas em casos mais graves de má conduta para ações adicionais.
         II. Transparência e Confidencialidade: O processo deve equilibrar a necessidade de transparência com a confidencialidade dos envolvidos, especialmente nos casos em que não há confirmação de má conduta.

7. Revisão de Dados e Documentação
         I. Solicitação de dados: Os autores devem garantir a disponibilidade dos dados brutos do estudo, armazenados em repositórios apropriados, como indicado no processo pelo período mínimo de cinco anos. Se os dados não forem apresentados, isso pode levar à suspeita de má conduta.
         II. Auditoria: Dependendo da complexidade da alegação, uma auditoria completa dos dados pode ser necessária, envolvendo revisores externos ou instituições afiliadas para garantir a transparência.

Exemplos de Cenários:
Plágio: Se uma verificação de similaridade (como iThenticate) identificar plágio, uma retratação completa será necessária. O artigo deve ser marcado como "retratado" e o nome dos autores envolvidos notificado à instituição.
Erros metodológicos não intencionais: Se o erro for técnico e corrigível, uma errata será suficiente, com uma nota explicativa e correção do material.
Problemas com múltiplas publicações: No caso de duplicação de publicação, o artigo será retratado e as partes envolvidas serão notificadas. A transparência é essencial para evitar acusações de má conduta intencional.

Informações Adicionais:
O tempo mínimo previsto para o processo avaliativo (considerando desde o recebimento, avaliação e aprovação final do artigo) é de 3 meses. Em casos específicos, este período pode ser encurtado ou alargado.