Calda sulfocálcica e urina de vaca no desenvolvimento agronômico e densidade populacional de artrópodes em jiloeiro

Resumo

Objetivou-se neste trabalho avaliar o potencial da calda sulfocálcica (CS) e da urina de vaca (UV) no desenvolvimento agronômico, na redução populacional de insetos fitófagos e incidência de inimigos naturais em jiloeiro. Foi utilizado o delineamento em blocos casualizados em esquema fatorial 2 (doses de UV - 0 e 120 mL vaso^-1) x 5 (concentrações de CS via foliar – 0,0; 1,5; 3,0; 4,5 e 6,0 g L^-1). Foram determinados os aspectos agronômicos, além da densidade populacional de insetos fitófagos e predadores. Houve efeito significativo isolado para UV para número de folhas, altura da parte aérea, diâmetro do caule e peso fresco da parte aérea (PFPA). Já para CS, o efeito isolado foi significativo para PFPA, comprimento da folha e área foliar do terço médio. Houve interação significativa para largura da folha do terço médio. Não houve diferenças significativas para atributos relacionados aos terços superior e inferior das folhas, número de flores e características dos frutos. Quanto aos artrópodes associados ao cultivo foram constatados a mosca-branca (MB) (ninfas e adultos) e crisopídeo. Para ninfas de MB, houve efeito significativo isolado da UV e da CS. Já para adultos de MB e crisopídeos, a interação foi significativa. Conclui-se que a CS (1,5; 3,0 ou 6,0 g L^-1) e a UV (120 mL vaso^-1) favorecem o desenvolvimento agronômico do jiloeiro. Ocorre redução populacional de ninfas (120 mL vaso^-1 de UV ou com 6,0 g L^-1 de CS) e adultos (120 mL vaso^-1 de UV com 0,0 ou 3,0 g L^-1 de CS; 0 mL vaso^-1 de UV com 6,0 g L^-1 de CS) de MB mediante aplicação de UV e/ou CS. A pulverização de CS (3,0 g L^-1) associada à UV (120 mL vaso^-1) não interferem negativamente na presença de crisopídeos.