Doses de potássio na cultura do crambe
DOI:
https://doi.org/10.5965/223811712342024575Palavras-chave:
crambe abyssinica, crambe, cultura de Inverno, planta de cobertura, safrinhaResumo
O crambe (Crambe abyssinica), pertencente à família Brassicaceae, se destaca pelo seu potencial agrícola. Contudo, pouco se sabe sobre as exigências de potássio da cultura. Por isso, o objetivo do presente trabalho foi avaliar o efeito de doses de potássio (K2O) sobre o desenvolvimento e produção das plantas de crambe. Para tanto, foi instalado experimento em casa de vegetação no município de Marília-SP no ano de 2023, para verificar as respostas a diferentes doses de K2O. Empregou-se o delineamento inteiramente casualizado, com quatro tratamentos, constituídos pelas doses de K2O (0; 50; 100 e 200 kg ha-1 K2O), e cinco repetições, totalizando 20 unidades experimentais. As unidades experimentais foram constituídas por vasos de 3,5 L preenchidos com solo de barranco. Enquanto a dose de 50 kg ha-1 K2O foi toda aplicada no momento da semeadura, as doses de 100 e 200 kg ha-1 K2O foram divididas entre a adubação de plantio (50 Kg ha-1) e o restante em cobertura (30 dias após a semeadura) para minimizar a salinização do solo. Utilizou-se como fonte de K2O o fertilizante Aspire. Além disso, na semeadura, utilizou-se o formulado NPK 10-46-00 + 9% S, aplicando-se, respectivamente, 22, 100 e 19,8 kg ha-1 de N, P2O5 e S. Com 109 dias após a semeadura (DAS) foram avaliadas a massa verde de folhas e o teor de K nas folhas e com 122 DAS, as plantas no estádio de maturidade, foram avaliadas a massa seca das plantas e a produtividade. A utilização das diferentes doses de K2O não causou efeito significativo nos parâmetros de crescimento das plantas de crambe. Por outro lado, os dados de produtividade apresentaram resposta linear crescente em função das doses de K2O. Esses resultados demonstram que apesar da sua rusticidade, plantas de crambe apresentam capacidade de respostas à adubação potássica.
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