Adubação nitrogenada e pulverização foliar de Azospirillum brasilense em trigo: efeitos na nutrição mineral e produtividade
DOI:
https://doi.org/10.5965/223811711942020483Palavras-chave:
auxina, bactérias diazotróficas, eficiência de uso do nitrogênio, nutrição mineral, Triticum aestivumResumo
O uso de Azospirillum brasilense apresenta potencial em melhorar a eficiência de uso do nitrogênio (N), sendo necessário melhor compreensão de formas alternativas de inoculação, visto que o tratamento químico de sementes pode comprometer a eficiência das bactérias. O objetivo foi avaliar os efeitos do A. brasilense aplicado via foliar associado a adubação nitrogenada na cultura do trigo. O experimento foi implantado em Lidianópolis, no estado do Paraná, Brasil, em blocos completos com tratamentos ao acaso e quatro repetições, sendo os tratamentos: quatro doses de A. brasilense via foliar (0, 200, 400 e 600 ml ha-1) e quatro doses de N (0, 40, 80 e 120 kg N ha-1). Foram avaliados os teores nutricionais, componentes de rendimento, qualidade e produtividade. Não houve interação entre os fatores, tampouco efeito isolado dos tratamentos para comprimento da espiga, número de espiguetas por espiga, espigas por m², massa de mil grãos e peso de hectolitro. Todavia as doses de A. brasilense, aumentaram a absorção de Ca e Mg até a dose de 283 e 380 ml ha-1, respectivamente. De modo similar, o N aplicado aumentou os teores foliares de cálcio, magnésio, além de cobre até a dose de 61, 47 e 49 kg ha-1 de N, respectivamente. O N também incrementou o número de grãos por espiga e a produtividade até a dose 56 e 54 kg N ha-1, respectivamente, porém a eficiência de uso de N diminuiu com o aumento da dose. A produtividade se correlacionou com número de grãos por espiga e teores foliares de manganês e cobre. Os resultados demonstram que a inoculação com A. brasilense foliar foi favorável a maior absorção de macronutrientes catiônicos divalentes, e o N fundamental para aumento da produtividade, sendo as melhores respostas obtidas entre as doses de 47 a 61 kg ha-1.
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