Da fratura ao religare: Técnica Silvestre e ecopoéticas do corpo diante da crise ecológico-colonial
DOI:
https://doi.org/10.5965/1414573103562025e0107Palavras-chave:
Técnica Silvestre, ecopoética, ecologia crítica, saberes tradicionais, estudos culturaisResumo
O artigo analisou a Técnica Silvestre como uma ecopoética dialógica entre corpo, arte e cosmos, evidenciando como a corporeidade atua como memória, território e possibilidade. Investigou-se a relação entre corpo, cultura e natureza frente ao Antropoceno e ao Capitaloceno, mostrando que saberes africanos, afro-diaspóricos e indígenas se destacam como respostas ancestrais às perguntas contemporâneas. A pesquisa destacou que as artes não apenas expressam cultura, mas participam ativamente na formação de cosmopercepções e valores civilizatórios. Assim, apontam-se as artes vivas como laboratórios de resistência e dispositivos de construção de mundos sustentáveis, éticos e interdependentes.
Downloads
Referências
BISPO, Antônio dos Santos. A terra dá, a terra quer. São Paulo: Ubu Editora/Piseagrama, 2023.
BHATTACHARYYA, Gargi. Rethinking Racial Capitalism: Questions of Reproduction and Survival. London: Rowman & Littlefield, 2018.
CUNHA JR., Henrique. NTU: Introdução ao pensamento filosófico Bântu. Educação em Debate, Fortaleza, v.32, n. 59, p. 25-40, 2010.
ESCOBAR, Arturo. Sentipensar con la Tierra: Nuevas lecturas sobre desarrollo, territorio y diferencia. Medellín: Ediciones UNAULA, 2014.
FERDINAND, Malcom. Uma ecologia decolonial: pensar a partir do mundo caribenho. São Paulo: Ubu Editora, 2022.
FU-KIAU, Kimbwandende Kia Bunseki. A Visão Bântu Kôngo da Sacralidade do Mundo Natural. Tradução para uso didático de PINTO, Valdina O. Salvador, mar. 1998. Associação cultural de preservação do patrimonio Bantu – ABANTU – comunidades organizadas da diáspora africana – Rede Kôdya. Salvador: 2018. Disponível em: https://estahorareall.files.wordpress.com/2015/07/dr-bunseki-fu-kiau-a-visc3a3o-bantu-kongo-da-sacralidade-do-mundo-natural.pdf. Acesso em: 10 set. 2025.
HARAWAY, Donna. Staying with the trouble: making kin in the Chthulucene. Durham: Duke University Press, 2015.
HUYSSEN, Andreas. Present Pasta: Media, Política, Amnesia. Public Culture, Duke University Press, v. 12, n. 1, pp. 21-38, 2000.
KRENAK, Ailton. Ideias para adiar o fim do mundo. São Paulo: Companhia das Letras, 2020.
MARTINS, Leda Maria. Performances do tempo espiralar: poéticas do corpo-tela. Rio de Janeiro: Cobogó, 2021.
MBEMBE, Achille. Necropolítica. Temáticas, n. 32, 2016, p. 122-151.
MOORE, Jason W. Capitalism in the Web of Life: Ecology and the Accumulation of Capital. London: Verso, 2016.
REZENDE, Ana Beatriz Coutinho. Do Terceiro espaço à encruzilhada: hibridismo cultural e agência nas danças negras da diáspora. Revista Ñanduty, [S. l.], v. 13, n. 21, p. 216–232, 2025. Disponível em: https://ojs.ufgd.edu.br/nanduty/article/view/19501. Acesso em: 10 set. 2025.
REZENDE, Ana Beatriz C.; PASSOS, Vera. Técnica silvestre e a força do encontro entre tradição e contemporaneidade: Ana Beatriz C. Rezende entrevista Vera Passos. Sala Preta, São Paulo, Brasil, v. 23, n. 3, p. 220–239, 2024. DOI: 10.11606/issn.2238-3867.v23i3p220-239. Disponível em: https://revistas.usp.br/salapreta/article/view/227812. Acesso em: 11 set. 2025.
SANTOS, Deoscóredes Maximiliano dos (Mestre Didi). Tradição e Contemporaneidade. Apud SANTOS, Inaicyra Falção dos. Corpo e Ancestralidade: uma proposta pluricultural de dança-arte-educação. Salvador: EDUFBA, 2002.
THOMPSON, Robert Farris. Flash of the Spirit: African and Afro-American Art and Philosophy. New York: Vintage Books, 1984.
TUGNY, Rosângela Pereira de. Escuta e poder na estética Tikmu'un. 1. ed. Rio de Janeiro: Museu do Índio – Funai, 2011.
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Urdimento - Revista de Estudos em Artes Cênicas

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Declaração de Direito Autoral
Os leitores são livres para transferir, imprimir e utilizar os artigos publicados na Revista, desde que haja sempre menção explícita ao(s) autor (es) e à Urdimentoe que não haja qualquer alteração no trabalho original. Qualquer outro uso dos textos precisa ser aprovado pelo(s) autor (es) e pela Revista. Ao submeter um artigo à Urdimento e tê-lo aprovado os autores concordam em ceder, sem remuneração, os seguintes direitos à Revista: os direitos de primeira publicação e a permissão para que a Revista redistribua esse artigo e seus meta dados aos serviços de indexação e referência que seus editores julguem apropriados.
Este periódico utiliza uma Licença de Atribuição Creative Commons– (CC BY 4.0)

