Brecht e a experiência da incongruência construtiva: dizer sim, dizer não
DOI:
https://doi.org/10.5965/1414573101542025e109Palavras-chave:
teatro político, vanguardas russas, poéticas menores, peças de aprendizagem, pedagogiaResumo
Neste artigo, propomos um olhar sobre Bertolt Brecht como referência central na conformação de nosso imaginário de um teatro político e de uma pedagogia engajada; discutindo a dimensão reificada ou mitificada dessa figura; sugerimos como linhas de fuga leituras das experiências brechtianas com o teatro político das vanguardas russas, assim como das reflexões e críticas de Heiner Müller à peça de aprendizagem. O reconhecimento de um Brecht mais subversivo que revolucionário não diminui a importância do mito Brecht como uma ideia-força que dá impulso a diversos processos políticos de criação cênica, mas a situa fora da função de ser modelo de uma esperança forçosamente positiva.
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