Como quebrar barragens: Outros processos políticos e artísticos para reparar o irreparável
DOI:
https://doi.org/10.5965/1414573101432022e0119Palavras-chave:
Amazon, Altamira, Politics of the forest, ArtResumo
Por meio de uma escrita-percurso, o artigo apresenta algumas vivências da autora durante o “Amazônia centro do mundo”, evento que reuniu ao longo de três dias lideranças indígenas, pesquisadoras(es) e ativistas em Altamira (PA), cidade onde foi erguida a segunda maior Usina Hidrelétrica do mundo. O texto é tecido em conjunto com a narrativa sobre o espetáculo Altamira 2042 de Gabriela Carneiro da Cunha, em diálogo com a entrevista realizada com esta atriz sobre a criação do espetáculo. O intuito é argumentar que, quando as instituições se revelam incapazes de reparar o irreparável, a arte pode assumir a responsabilidade de instituir outras imaginações naquelas e naqueles que compartilham do mesmo trabalho artístico.
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