Petformances – Arte relacional como poéticas do cuidado para/com/por animais
DOI:
https://doi.org/10.5965/1414573102412021e0125Palavras-chave:
Petformance, Arte relacional, Animais, NaturezaResumo
O artigo propõe cultivar os encantos e as forças de vida por meio da criação de performances com, para e por animais, chamadas “petformances”, linguagem artística do campo da performance, que comecei a desenvolver durante a pandemia em parceria com o cachorro Buda, do qual sou tutora. Descreve de forma cartográfica o processo que conduziu a experimentação desse tipo de performance relacional em tempos de distanciamento social, focalizando os aprendizados profundos trazidos pelos animais e as possibilidades de multiplicação dessas práticas, por meio de cursos e oficinas, em uma perspectiva que descentraliza a visão do humano e valoriza a criatividade dos animais.
Downloads
Referências
ALICE, Tania. Performance como revolução dos afetos. São Paulo: Annablume, 2016.
ALICE, Tania. Manual para performers e não-performers. Rio de Janeiro: Editora Multifoco, 2020.
ANDERSON, Karen. Por que os gatos são assim? São Paulo: Publifolha, 2001.
BISHOP, Claire. Participatory Art and the Politics Spectatorship. London: Verso, 2012.
BOURRIAUD, Nicolas. Estética relacional. Trad. de Denise Bottmann. São Paulo: Martins Fontes, 2009.
DESPRET, Vinciane. Que diraient les animaux, si... on leur posait les bonnes questions? Paris: La Découverte, 2011.
FEITOSA, Charles. O silêncio dos animais. In. LINS, Daniel; OLIVEIRA, Nilson; BARROS, Roberto (Orgs.). Nietzsche/Deleuze: Natureza/Cultura. São Paulo: Lumme Editor, 2011.
HOOKS, Bell. O amor como a prática da liberdade: bell hooks.
(Love as the practice of freedom). Trad. para uso didático de Wanderson Flor do Nascimento, do original: Outlaw Culture. Resisting Representations. Nova Iorque: Routledge, 2006, p. 243–250. Disponível em: https://medium.com/enugbarijo/o-amor-como-a-pr%C3%A1tica-da-liberdade-bell-hooks-bb424f878f8c].
JUNIOR, Moacir. Tentativas de capturar o sensível: a fotoperformance e as artes presenciais. Revista Concept. São Paulo, v. 7, n. 1, p. 92-101, jan./jun. 2018.
PASSOS, E.; KASTRUP, V.; ESCÓSSIA, L. (Orgs.). Pistas do método da cartografia: pesquisa intervenção e produção de subjetividade. Porto Alegre: Sulina, 2014.
KESTER, Grant. Conversation pieces: community and communication. In: Modern art. Los Angeles: California Press, 2004.
KRENAK, Ailton. A vida não é útil. São Paulo: Cia das Letras, 2020.
KRENAK, Ailton. Ideias para adiar o fim do mundo. São Paulo: Cia das Letras, 2018.
MASSUMI, Brian. O que os animais nos ensinam sobre política. Trad. de Francisco Trento e Fernanda Mello. São Paulo: n-1 edições, 2017.
MBEMBE, Achille. Necropolítica. São Paulo: n-1 edições, 2018.
ROLNIK, Suely. Esferas da Insurreição: notas para uma vida não cafetinada. São Paulo: n.1 edições, 2019.
SERVIGNE, Pablo; CHAPELLE, Gauthier. L’entraide, une autre loi de la jungle. Paris: Les liens qui libèrent, 2017.
SIMAS, Luiz A.; RUFINO, Luiz. Encantamento: sobre política de vida. São Paulo: Morula, 2020.
TEIXEIRA, Renata. Performances do Encontro: práticas performativas em tempos de presença real e virtual. 2016. Dissertação (Mestrado em Artes Cênicas) - Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2016.
PISA, João Paulo; TACITO, Jorge; LEME, Denise. A arte como instrumento de ensino de bem-estar animal. Revista Pubvet, v. 13, n. 7, p. 1-7, 2019.
WERÁ, Kaká Werá. História indígena do Brasil contada por um índio. São Paulo: Peirópolis, 1998.
Referências filmográficas
The Animal Communicator: what if you could talk to animals. Direção de Swati Thiyagarajan & Craig Foster. Documentário. África do Sul: Natural History Unit Africa, 2012, 52 min.
Professor Polvo (My Octopus Teacher). Direção de Pippa Ehrlich & James Reed. Documentário – Ciência e Natureza. África do Sul: Netflix, 2020, 85 min.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Urdimento - Revista de Estudos em Artes Cênicas
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Declaração de Direito Autoral
Os leitores são livres para transferir, imprimir e utilizar os artigos publicados na Revista, desde que haja sempre menção explícita ao(s) autor (es) e à Urdimentoe que não haja qualquer alteração no trabalho original. Qualquer outro uso dos textos precisa ser aprovado pelo(s) autor (es) e pela Revista. Ao submeter um artigo à Urdimento e tê-lo aprovado os autores concordam em ceder, sem remuneração, os seguintes direitos à Revista: os direitos de primeira publicação e a permissão para que a Revista redistribua esse artigo e seus meta dados aos serviços de indexação e referência que seus editores julguem apropriados.
Este periódico utiliza uma Licença de Atribuição Creative Commons– (CC BY 4.0)