Outras narrativas sobre estupro: A performance autobiográfica como forma de subversão
DOI:
https://doi.org/10.5965/1414573101402021e0107Palavras-chave:
Estupro, Teatro performativo, Performance autobiográficaResumo
Este artigo parte da experiência traumática do estupro e suas implicações em nível pessoal e social. A fim de investigar as possibilidades de intervenção na esfera pública por meio do teatro performativo, o estudo teve como base a abordagem autobiográfica, analisando trabalhos artísticos realizados sobre o tema. Partindo de uma perspectiva filosófica, foram investigadas estruturas de poder que mantêm a violência sexual, considerando também a subversão que pode emergir de suas brechas. Pensando no senso comum que rodeia o tema, a pesquisa teve como objetivo propor contra-narrativas que desencadeassem processos curativos por meio da atmosfera de denúncia recorrente na cena contemporânea.
Downloads
Referências
BERNSTEIN, Ana. A performance solo e o sujeito autobiográfico. Sala Preta, São Paulo, v.1 p. 91-103, 2001. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/salapreta/article/view/57010.
Acesso em: 22 nov. 2020.
CABALLERO, Ileana Diéguez. Liminaridades: práticas de emergência e memória. O Percevejo, Rio de Janeiro, v. 8, n. 2. p. 50-59, 2016. Disponível em: http://www.seer.unirio.br/index.php/opercevejoonline/article/view/6496. Acesso em: 8 jan. 2021.
CORNAGO, Óscar. Atuar “de verdade” – a confissão como estratégia cênica. Urdimento, Florianópolis, v. 2, n. 13, p. 99-111, 2009.
DAVIS, Ângela. Mulheres, Raça e Classe. São Paulo: Editora Boitempo, 2016.
DESPENTES, Virginie. Teoria King Kong. São Paulo: n-1 Edições, 2016.
FÉRAL, Josette. Além do limites – Teoria e Prática do Teatro. São Paulo: Editora Perspectiva, 2015.
FERNANDES, Sílvia. Performatividade e gênese da cena. Revista Brasileira de Estudos da Presença, Porto Alegre, v. 3, n. 2, p. 404-419, 2013. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/index.php/presenca/article/view/38137. Acesso em: 8 jan. 2021.
Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2019. Acesso em novembro de 2020. Disponível em: http://www.forumseguranca.org.br/wp-content/uploads/2019/09/Anuario-2019-FINAL-v3.pdf. Acesso em: 16 jul. 2020.
FOUCAULT, Michel. “A ética do cuidado de si como prática da liberdade”. In: Ditos & Escritos V – Ética, Sexualidade, Política. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2004.
FOUCAULT, Michel. História da sexualidade – volume I: a vontade de saber. Rio de Janeiro: Graal, 1999.
IPEA – Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada. Dados do estupro no Brasil. Atlas da Violência. Disponível
em:https://www.ipea.gov.br/atlasviolencia/download/19/atlas-da-violencia-2019. Acesso em: 8 jan. 2021.
IRREVERSÍVEL. Gaspar Noé. França, 2002.
JESUS, Jaqueline Gomes de. Orientações sobre identidade de gênero: conceitos e termos. Brasília, 2012.
LEITE, Janaína. Autoescrituras performativas: do diário à cena. 2014. Dissertação (Mestrado em Artes Cênicas) - Escola de Comunicação e Artes - Universidade de São Paulo. São Paulo, 2014.
LORDE, Audre. Irmã Outsider: ensaios e conferências. São Paulo: Autêntica, 2019.
PAULINA. Santiago Mitre. Argentina: Telefe, 2016.
PERETTA, Éden. As cinco peles: a investigação de si como matriz dramatúrgica no ensino de dança. Congresso da Associação Nacional de Pesquisadores em Dança – ANDA. 2012.
QUILICI, Cassiano Sydow. O ator-performer e as poéticas da transformação de si. São Paulo: Annablume, 2015.
SOUZA, Flávia Bello C. Consequências emocionais de um episódio de estupro na vida de mulheres adultas. Dissertação (Mestrado em Psicologia Clínica). Pontífica Universidade Católica de São Paulo. São Paulo, 2013.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Urdimento - Revista de Estudos em Artes Cênicas
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Declaração de Direito Autoral
Os leitores são livres para transferir, imprimir e utilizar os artigos publicados na Revista, desde que haja sempre menção explícita ao(s) autor (es) e à Urdimentoe que não haja qualquer alteração no trabalho original. Qualquer outro uso dos textos precisa ser aprovado pelo(s) autor (es) e pela Revista. Ao submeter um artigo à Urdimento e tê-lo aprovado os autores concordam em ceder, sem remuneração, os seguintes direitos à Revista: os direitos de primeira publicação e a permissão para que a Revista redistribua esse artigo e seus meta dados aos serviços de indexação e referência que seus editores julguem apropriados.
Este periódico utiliza uma Licença de Atribuição Creative Commons– (CC BY 4.0)