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DOI:
https://doi.org/10.5965/2175234613302021202Palavras-chave:
autorretrato crítico, discursividade, figura do artista, pesquisa-ação, protocolo estéticoResumo
Este texto trata das experiências que fundam o olhar, a postura e os gestos de duas artistas-pesquisadoras que tomam por referência poética em comum o livro Água Viva, de Clarice Lispector. Com a tentativa de refletir sobre certas provocações dessa edição em relação ao autorretrato crítico do artista, objetiva-se estabelecer um diálogo entre as diferentes investigações sobre a figura do artista na atualidade, o que inclui referências, práticas e discursos artístico-teóricos plurais. A intenção, aqui, é dar fluxo aos pensamentos que afluem ora por vias acadêmico-intelectuais, ora por vivências e empirismos, fazendo-se existir não apenas pelas linhas venosas da região do real, mas, tanto quanto ou mais, pelos meandros do imaginário e da imaginação. Articulam-se, pelo mútuo exercício do pensamento, passagens de autores como Bauman, Mondzain, Nancy, Blanchot e Arendt, além de menções a Saramago, García Márquez, Mia Couto e à própria Lispector, cuja companhia nos motiva a essa escrita em dupla. Afinal, é nos domínios da reflexão e da inclusão que trabalhamos o compartir das diferenças na profundidade das entrelinhas.
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