O CONTRA-ARQUIVO NA ARTE: O PODER XAMÂNICO DE UMA ANTROPOLOGIA REVERSA
DOI:
https://doi.org/10.5965/2175234609182017006Parole chiave:
arte política, arquivo, memória e violênciaAbstract
Um presente ornado por traços surrealistas nos aproximam paulatinamente de uma realidade aparentemente distante, descrita nas profecias apocalípticas de crenças diversas. A superação da barbárie constitui-se na borda de um trajeto inalcançável. A retomada do terror se dá pelo estado de crise - geralmente simulado - na convocação de uma mudança radical por atores variados, não raramente invocando ações de violência sem precedentes contra um pensamento divergente, lavrando um terreno onde uma amnésia sobre as características de barbárie, convenientemente cultivada, floresce. A queda do céu, anunciada pela mitologia Yanomami, seria o cume desta jornada destinada ao declínio múltiplo dos sustentáculos civilizatórios, com seus vícios de origem que os fadam ao fracasso e que provocam, consequentemente, a derrocada indiscriminada aos coniventes e divergentes ao processo. O texto se propõe a apresentar os trabalhos de artistas que se alinham com a discordância, produzindo obras, manifestos e denúncias dos abusos contidos no exercício do poder, seja na democracia ou no estado de exceção.
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