Le détail comme dispositif temporel de la restauration d’architecture au Portugal au XIXe siècle: le cas du train au couvent de Madre de Deus, à Lisbonne
DOI :
https://doi.org/10.5965/2175234614332022064Mots-clés :
Architecture du XIXe siècle, Restauration, Couvent, Chapiteau, TrainRésumé
À Lisbonne, au XIXe siècle, pendant la restauration du couvent de la Madre de Deus, un édifice fondé au XVIe siècle, sur le chapiteau d’une des colonnes d’un des cloitres, on sculpta un train à la vapeur entrant dans un tunnel. Nous démontrerons qu’il ne s’agissait pas l’une erreur, mais de la figuration d’un détail explicitement moderne, sensé fonctionner comme un dispositif temporel qui distinguerait les altérations introduites par la restauration d’éléments préexistants, en ligne avec la « restauration philologique » de Camillo Boito, même quand les premières recréaient le style architectonique original de l’édifice, en accord avec les principes de restauration stylistique d’Eugène-Emmanuel Viollet-le-Duc. Dans une restauration encore dominée par la doctrine de Viollet-le-Duc, il représente un premier impacte de la réception des idées de Boito au Portugal.
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