De tropicamp a tropicuir: escritas das histórias da arte sexo e gênero dissidentes
DOI:
https://doi.org/10.5965/2175234614342022058Palavras-chave:
Hélio Oiticica, gênero e sexualidade, teoria queer, arte, históriaResumo
O presente artigo busca refletir sobre modos de escrita de histórias sexo e gênero dissidentes a partir de práticas artísticas, através da promoção de dialógos com diversos manuscritos do artista Hélio Oticica e um exercício experimental acerca do termo tropicuir, por mim cunhado durante o mestrado e doutorado, inspirado no manuscrito Tropicamp de Oiticica, a partir dos quais o presente texto deriva. A partir de reflexões teóricas queer e cuir - em diálogo com autores como Oiticica, Foucault, Preciado, Guattari, Rolnik, Hija de Perra e Gómez-Peña, defendo a hipótese de que produções estéticas insurgentes de pessoas gênero e sexo dissidentes atuam como máquinas geradoras de novas subjetivações contranormativas, ou seja, configuram ações micropolíticas (Rolnik, 2000), contrassexualidades (Preciado, 2002) que através de devires bicha, sapatão, travesti, puta vêm se conformando, ao longo de muitas décadas de luta estético-política, em memórias coletivas de existências historicamente invisibilizadas com, e pelas artes, no movediço e violento território brasileiro.
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