Dança, igualdade e diversidade: "professendo" na contemporaneidade
DOI:
https://doi.org/10.5965/235809252712023e4446Palabras clave:
ensino da dança, diversidade, igualdade, metodologia do ensino das artesResumen
O ensino da dança, como metodologia de ensino de estudos corporais para o ensino das artes, pode romper com lógicas estruturais coloniais. Adere-se a pedagogia do oprimido e a ética bixa, concomitantemente, como prepostos balizadores da práxis do artista-docente, compreendido como ser em processo constante de atualização de suas práticas – metodológicas, de abordagem pedagógica, didáticas e artísticas – através de um neologismo: professendo. Inconcluso, o professendo busca, através da reflexão sobre suas práticas, abolir essas lógicas que se materializam em processos educativos que lidam com autoritarismo, adoção de modelos universais, conteúdos ministrados em modo de educação bancária e relações hierárquicas, tanto na escolha de conteúdos como na verticalidade do tratamento entre educador-educando. A premissa é de que uma lógica colonial que estrutura o ensino da dança na atualidade lida, principalmente, com a noção de que o educador sabe tudo e o educando nada sabe, esvaziando a potência criativa e o desenvolvimento pleno do sujeito como cidadão crítico pelo disciplinamento silenciador. Indica-se que os profissionais de dança no país são (in)formados nessas lógicas coloniais estruturantes presentes no ensino da dança, em especial, no ballet clássico. Apresenta-se uma proposta metodológica e de conteúdo de ensino da dança planejada como prática de liberdade. O contraponto que rompe com essas lógicas pressupõe atos dialógicos nas práticas do artista-docente – um professendo, - que adere a um projeto de busca pela igualdade e inclusão dos sujeitos na educação e na arte.
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