Na cartola de um mágico: práticas criativas e relações raciais em uma oficina de samba
DOI:
https://doi.org/10.5965/2358092521222019178Palabras clave:
educação musical, relações raciais, práticas criativas, oficina de sambaResumen
O artigo focaliza o processo de composição e gravação do samba-enredo Na Cartola de um Mágico, numa Oficina de Samba para crianças. Além da prática musical, o objetivo do trabalho foi compreender as matrizes do samba por meio de artistas que são referência nesse gênero musical, dando visibilidade a sambistas negros e negras e problematizando o seu contexto histórico e social. O tema para a composição foi escolhido coletivamente pelas crianças, que decidiram homenagear Angenor de Oliveira, o “Cartola”, grande referência do samba brasileiro. No processo de composição, as crianças puderam vivenciar práticas criativas interagindo com questões étnico-raciais, valorizando suas compreensões e diálogos nas tomadas de decisão. Acreditamos que processos pedagógico-musicais dessa natureza permitam transformar olhares para as relações étnico-raciais na Escola Básica e na Universidade, em trabalho construído com base em posicionamentos políticos de superação do racismo e das desigualdades raciais.
Descargas
Citas
BATISTA. Leonardo. M. Educação Musical, relações étnico- raciais e decoloneidade: tensões, perspectivas e interações para a Educação Básica. Orfeu, v.3, n.2, p. 111-135, 2018.
BRITO, Teca Alencar de. Hans-Joachim Koellreutter: Por quê? In: JORDÃO, Gisele; MOLINA, Sérgio. (Org.). A Música na Escola. São Paulo: Editora Allucci & Associados Comunicações, 2012. p 101-103.
CARVALHO, José Jorge de. O Encontro de Saberes como uma contribuição à Etnomusicologia e à Educação Musical. In: LÜHNING, Angela; TUGNY, Rosângela Pereira de. et al. Etnomusicologia no Brasil. Salvador: EDUFBA, 2016. p. 199-236.
GOMES, Nilma Lino. Educação, relações étnico-raciais e a Lei nº 10.639/03: breves reflexões. In: BRANDÃO, Ana Paula (Org.). et al. A Cor da Cultura – Saberes e Fazeres – Modos de fazer: caderno de atividades, saberes e fazeres. Rio de Janeiro: Fundação Roberto Marinho, 2010. p. 19-25.
GOMES. Rodrigo. C. S. Educação das Relações Étnico-Raciais e o Ensino de Música: notas sobre a operacionalização do conhecimento étnico nas práticas escolares. Orfeu, v.3, n.2, p. 96-110, 2018.
LOPES, Nei; SIMAS, Luis Antonio. Dicionário da história social do samba. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2015.
LUCAS, Glaura. Culturas musicais afro-brasileiras: perspectivas para concepções e práticas etnoeducativas em música. In: LÜHNING, Angela; TUGNY, Rosângela Pereira de. et al. Etnomusicologia no Brasil. Salvador: EDUFBA, 2016. p. 236-276.
PRASS, Luciana. Saberes musicais em uma bateria de escola de samba: ou por que “ninguém aprende samba no colégio”. Em Pauta, Porto Alegre, v.14/15, p. 5-18, 1998/1999.
QUEIROZ, Luis R. S. Traços de colonialidade na educação superior em música do Brasil: análises a partir de uma trajetória de epistemicídios musicais e exclusões. Revista da ABEM, Londrina, v.25, n.39, p. 132-159, 2017.
SOUZA, Jusamara. Cultura e diversidade na América Latina: o lugar da educação musical. Revista da ABEM, Porto Alegre, v. 18, p. 15-20, 2007.
ZANETTA, Camila Costa; BRITO, Teca Alencar de. Espaços para a Criação: a improvisação em jogos cênico-musicais. Congresso Nacional da ABEM, 21, 2013, Pirenópolis / Goiás. Anais [...] Congresso Nacional da ABEM, João Pessoa: Editora da UFPB, 2013. p. 1020- 1031.
ZUBARAN, Maria Angélica; SILVA, Petronilha Beatriz Gonçalves
e. Interlocuções sobre estudos afro-brasileiros: pertencimento étnico-cultural, memórias negras e patrimônio cultural afro- brasileiro. Currículo sem Fronteiras, v. 12, n. 1, p. 130-140, 2012.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2019 Revista NUPEART
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
Os autores cedem os direitos sobre suas obras a Revista NUPEART para a publicação dos originais baixo uma licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional.
Esta revista, seguindo as recomendações do movimento de Acesso Aberto, proporciona acesso público a todo seu conteúdo, seguindo o princípio de que tornar gratuito o acesso a pesquisas gera um maior intercâmbio global de conhecimento.