A Regional e os trabalhos manuais: o entalhe como ofício e a criação como profissão
DOI :
https://doi.org/10.5965/1984723822502021141Mots-clés :
escola primária, escola ativa, educação e trabalho, trabalhos manuaisRésumé
O presente artigo aborda a questão da disciplina de Trabalhos Manuais na Escola Regional de Merity (1921-1964) no período de 1954 a 1964. Mantendo a tradição de uma escola primária escolanovista, tinha, como agente principal, o professor José Montes, docente da oficina Heitor Lyra. Além das preocupações com a certificação e a formação para o trabalho, sua prática pedagógica centrava-se em instrumentos e atividades de conhecimentos para estimular os alunos a práticas manuais centradas na experiência. As aulas de Trabalhos Manuais exercidas na Regional propunham uma ação voltada para o desenvolvimento das sensibilidades, no âmbito das práticas laborais. A partir de 1954, a escola iniciou as aulas de “entalhação” na instrução dos alunos, centradas no “aprender fazendo”. A partir de análises das fontes documentais, como os relatórios anuais da escola, visualizamos que essa disciplina procurava, antes de qualquer qualificação de força de trabalho, estimular a vontade e a capacidade criativa de cada indivíduo. Como os alunos evadiam muito cedo para manter o sustento familiar, entendia-se que precisavam ter um conhecimento a mais para tal lugar social. Buscamos focar no âmbito das relações entre educação e trabalho nossa análise sobre as atividades exercidas na escola.
Palavras-chave: escola primária; escola ativa; educação e trabalho; trabalhos manuais.
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