Sarau Janelas Floridas: (re)existências na educação e na arte
DOI:
https://doi.org/10.5965/1984723822502021191Palavras-chave:
educação pública, arte, experiência, acontecimento e narrativaResumo
Tomamos as Janelas Floridas, do concurso para Sarau de (Re)existência com a força da arte, como elemento provocador e potência de luta pela Educação Pública com cotidianos escolares contra os processos de gentrificação dos espaços urbanos. O que podem a alegria, a brincadeira e os afetos contra a aniquilação do capital? O Sarau Janelas Floridas surge nessa resposta, usa a arte para fortalecer a luta contra a construção de um shopping que ameaça a estrutura física e a existência da E. M. Dr. Álvaro Alberto, a Regional de Meriti, ou a Escola Mate com Angu. Expressão das vozes e experiências da escola e atores da sociedade civil que se reúnem num grito, num choro, num riso, numa explosão de alegria. O movimento do Sarau Janelas Floridas desenhou a experiência como trajeto de singularização. Nascido da mobilização da educação e da arte e de diferentes instâncias, sujeitos e instituições e acolhido pela comunidade escolar como movimento, se produz como acontecimento. Tomamos, no plano da ação, a experiência segundo Dewey, ao afirmar a via estética como concretização de uma tensão existencial, um ato efetuado e consumado de ações e percepções que permitem uma singularidade: aquele acontecimento, aquele dia que não se perde na dispersão dos fluxos do vivido. No plano das reflexões, recorremos a Benjamim e seu conceito de experiência como constituição política, o ato de contar a sua história é efetuá-la novamente e, ouvir a narrativa, o ato de incorporar ao repertório do vivente uma nova saída, uma escapatória, uma porosidade.
Palavras-chave: educação pública; arte; experiência; acontecimento e narrativa.
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