Narrativas sobre a formação docente para a escola primária de Santa Catarina (1935-1965)
DOI:
https://doi.org/10.5965/1984723821462020273Resumo
O artigo apresenta a narrativa de professoras integrantes de uma congregação religiosa católica feminina, em sua gênese denominada Companhia das Catequistas, instituída em Rodeio (SC). Por meio de suas memórias, abordo o processo de formação docente desse grupo de professoras que estiveram presentes no cenário educacional catarinense na segunda metade do século XX. Em termos teóricos e metodológicos, sob as lentes de Berger e Luckmann (1985), procuro compreender como essa instituição construiu uma historicidade e adquiriu uma identidade religiosa e escolar por meio da formação docente de suas integrantes. Maurice Halbwachs (2003) foi tomado como matriz referencial para a análise relativa à memória coletiva, e Michel Pollak (1989; 1992), na análise referente à relação entre memória e identidade. Além das entrevistas, outros documentos, como, por exemplo, relatórios anuais, crônicas, atas, planos de aula, fichas funcionais, Livros Tombos, imagens e manuais didáticos, foram utilizados como fontes. Nas narrativas, ficou evidente que a formação docente contribuiu para a efetivação dessas professoras na carreira pública no Estado pois elas atendiam à carência de professores em escolas mais distantes, principalmente em áreas rurais. No geral, a formação docente era articulada à identidade religiosa, isto é, a formação docente era compreendida como secundária, o mais importante, para essas religiosas, era a formação católica, quer dizer, ser professora catequista era acima de tudo ser religiosa.
Palavras-chave: Formação docente. Memória. Identidade. Professores Cristãos. Companhia das Catequistas - Rodeio (SC).
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