Políticas curriculares, diferença, pertencimento: ponderações sobre o uso do conceito de comunidades epistêmicas em chave pós-estrutural
Resumo
Aborda-se o conceito de comunidade epistêmica tal como desenvolvido por Peter Haas, ponderando sobre possíveis (in)compatibilidades teóricas e heurísticas a partir da incorporação desse construto em pesquisas sobre políticas curriculares de corte pós-estrutural. A partir da investigação da subjetividade, da agência e da política nas teorias de Butler, Laclau e Mouffe, argumenta-se que, enquanto em um enfoque discursivo a própria atividade política produz a identificação comunitária em sentido performático, é concebível pensar que o conceito de comunidades epistêmicas segue a lógica estrutural da subjetividade política e do pertencimento, sugerindo que uma identidade grupal sólida anterior é condição para a ação social. Defende-se que a chave pós-estrutural apresenta maior produtividade e complexidade na abertura dos fenômenos políticos curriculares, embora possa ser produtivo manter aspectos característicos da abordagem das comunidades epistêmicas como forma de resguardar certa distinção sociológica das/nas linguagens de diferenciação cultural dos grupos atuantes/influentes na produção das políticas.
Palavras-chave: Comunidade Epistêmica. Diferença. Políticas Curriculares. Pós-Estruturalismo.
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