Atendimento Educacional Especializado para estudante com deficiência intelectual: os diferentes discursos dos professores especializados sobre o que e como ensinar
Resumo
A crença na possibilidade de escolarizar indivíduos com deficiência intelectual é relativamente recente em nosso país, surge com o aparecimento das primeiras classes especiais nas escolas comuns, no início do Século 20, se generaliza a partir da década de 1970, com o advento da filosofia de integração escolar, e sofre alterações no final dos anos de 1990, com o advento da educação inclusiva. Na atualidade, o imperativo da escolarização de estudantes com deficiência intelectual nas escolas comuns traz razoáveis desafios aos professores que se questionam: o que e como ensinar esses alunos? O presente trabalho apresenta, ilustra e discute oito diferentes tendências curriculares encontradas em discursos de professores do Atendimento Educacional Especializado para estudantes com deficiência intelectual e que se referem a ênfases no ensino em: 1) Autonomia (atividades de vida diária), 2) Motivação (atividades lúdicas e de lazer), 3) Instrumentação (uso de recursos tecnológicos), 4) Currículo padrão (reforço do conteúdo acadêmico da classe comum), 5) Currículo adaptado (conteúdo acadêmico simplificado), 6) Prontidão ou preparação (ênfase em atividades psicomotoras), 7) Letramento e alfabetização (leitura e escrita) e, 8) Compensatório (treino em habilidades cognitivas superiores para o impedimento intelectual). Ao final, problematiza-se a existência dessas diferentes abordagens e a complexidade do conceito e da população dos estudantes enquadrados na condição de deficiência intelectual.
Palavras-chave: Educação Especial; Inclusão Escolar; Deficiência Intelectual; Atendimento Educacional Especializado; Professores Especializados.Downloads
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Os artigos publicados pela revista são de uso gratuito, destinados a aplicações educacionais e não comerciais. Os direitos autorais são todos cedidos à revista. Os artigos cujos autores são identificados representam a expressão do ponto de vista de seus autores e não a posição oficial da Revista Linhas ou do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade do Estado de Santa Catarina.
A Revista Linhas está licenciada com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.