Estado do conhecimento acerca da atuação de professores homens na educação infantil: análise de dissertações e teses entre os anos de 2000 e 2019
DOI:
https://doi.org/10.5965/1984723824542023348Palavras-chave:
educação infantil, feminização do magistério, professores homens, conflitosResumo
Este artigo apresenta um estado do conhecimento acerca do exercício profissional de homens na educação infantil, que há muito é exercido majoritariamente por mulheres, devido ao processo de feminização do cuidado e do magistério das crianças pequenas. Com o objetivo de mapear o andamento das pesquisas sobre esse tema, optou-se pela base de dados do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT), com o recorte temporal de 2000 a 2019. Após a leitura do título e de alguns dos resumos dos trabalhos encontrados, a busca resultou em 24 pesquisas, sendo três teses e 21 dissertações. Para o presente estudo, empregou-se a metodologia quanti-qualitativa. Dentre outros resultados, evidenciou-se que o tema se consagrou como objeto de pesquisa a partir da segunda metade da década de 2000, sobretudo nos Programas de Pós-Graduação em Educação (79%) da Região Sudeste (63%), tendo como principais recortes: a) a trajetória/identidade dos profissionais em questão (38%); b) as representações sociais (25%); e c) o exercício profissional (13%). Além disso, 87% das pesquisas registram conflitos devido ao estranhamento social da presença de profissionais homens na educação infantil.
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