Tramas de um olhar sensível entre o design, a arquitetura e a moda
DOI :
https://doi.org/10.5965/25944630222018137Résumé
Este artigo analisa filosoficamente a moda como maneira de expressar sentimentos, ideias e conceitos diluídos na arquitetura e no design. Discorremos sobre uma narrativa em que o corpo serve como protótipo para permitir que se experimentem diferentes escalas de projetos espaciais de distintas dimensões. Descrevemos características filosóficas do processo criativo, tomado como um processo existencial, que propõe um olhar sensível à compreensão de que há um ponto de intersecção no nível da manifestação de sentimentos ou ideias do sujeito, em que memória e sensações dependem de um corpo operante e atual. É o corpo que constrói e manifesta o sentido e exemplificamos essa asserção ao analisarmos o Bubelle dress, a D-Tower e a Delight Lamp. Nessas criações, as funções corporais realizam um gesto de convergência para expressar as intencionalidades do sujeito, sem necessidade de representação mental. Identificamos que há a necessidade de existirem princípios norteadores que estruturem as vestimentas, o design e a arquitetura para que os processos associativos deflagrem novas possibilidades de construção e de apropriação do uso do espaço em direção a um novo sentido novo, o qual passa a ter nuances de uma totalidade: movimentos singulares do sujeito se interpenetram para formar uma nova unidade que decorre de intuição e sentimento.
Téléchargements
Références
BRETON, Andre. L’amourfou, Paris: Gallimard, 1937.
HODGE, B. (Org.). Skin + Bones: parallel practices in fashion and architecture. London: Thames & Hudson, 2007.
LABORIT, Henri. Biologie et structure. Paris, 1958.
MERLEAU-PONTY, Maurice. Fenomenologia da Percepção, São Paulo: Martins Fontes, 2006.
MERLEAU-PONTY, Maurice. O olho e o espírito, Trad. Paulo Neves e Maria Ermantina Galvão Gomes, São Paulo: Cosac & Naify, 2004.
MERLEAU-PONTY, Maurice. A linguagem indireta e as vozes do silêncio. Trad. Paulo Neves e Maria Ermantina Galvão Gomes, São Paulo: Cosac & Naify, 2004.
MERLEAU-PONTY, Maurice. A dúvida de Cézanne, Trad. Paulo Neves e Maria Ermantina Galvão Gomes, São Paulo: Cosac &Naify, 2004.
MONTANER, Josep Maria. A modernidade superada. Arquitetura, arte e pensamento do século XX. Barcelona: Gustavo Gili, 2001.
MONTANER, Josep Maria. A condição contemporânea da arquitetura. Barcelona: Gustavo Gili, 2016.
MONTE-SERRAT, Dionéia Motta; BELGACEM, Fethi Bin Muhammad. Subject and Time Movement in the Virtual Reality. In: International Journal of Research and Methodology in Social Science. V. 3, N. 3, pp. 19-26, Jul-Sep 2017. Acesso em 07 de Junho de 2018. Retirado de https://drive.google.com/file/d/1hm6uqtz64IdJdj44C0cU-lj96HoyTYt_/view
NESBITT, Kate. Uma nova agenda para a arquitetura. São Paulo: Cosac Naify, 2013.
ORLANDI, Eni Puccinelli. A linguagem e seu funcionamento. Campinas: Pontes, 1987.
OSTROWER, Fayga. Criatividade e Processos de Criação. Petrópolis: Vozes: 2008.
PÊCHEUX, Michel. Semântica e Discurso: uma crítica à afirmação do óbvio. Campinas: Ed. Unicamp, 1988.
PÊCHEUX, Michel; FUCHS, Catherine. Mises aux points et perspectives à propos de l’analyse automatique du discours. In: Langages 37. Paris: Didier/Larousse, p. 7-80, 1975.
PEDROSA, Israel. Da cor à cor inexistente. São Paulo: Senac, 2003.
WHORF, Benjamin Lee. ([1942]2017). Language, Mind and Reality. In: Theosophist. India: Madras. January and April Issues, 1942. Retrieved on March 2, 2017, from http://web.stanford.edu/dept/SUL/library/extra4/sloan/mousesite/Secondary/Whorfframe3.html
VYSOVITI, Sophia. Supersurfaces: folding as a method of generating forms for architecture, products and fashion. Amsterdam: BIS, 2008.
Téléchargements
Publiée
Comment citer
Numéro
Rubrique
Licence
- Les auteurs conservent les droits d’auteur et concèdent à la revue le droit de première publication, l’œuvre étant simultanément mise à disposition sous la Licence Creative Commons Attribution 4.0 International, qui autorise:
1. Le partage — la copie et la redistribution de la matière sous toute forme ou support, pour toute utilisation, y compris commerciale.
2. L’adaptation — le remixage, la transformation et la création à partir du contenu, pour toute utilisation, y compris commerciale. Le concédant ne peut révoquer ces libertés tant que vous respectez les conditions de la licence.
Conformément aux conditions suivantes:
1. Attribution — Vous devez créditer de manière appropriée l’œuvre, fournir un lien vers la licence et indiquer si des modifications ont été effectuées. Cette attribution doit être faite dans toute circonstance raisonnable, sans toutefois suggérer que le concédant vous soutient ou soutient votre utilisation de l’œuvre.
2. Aucune restriction supplémentaire — Vous ne pouvez appliquer des conditions légales ou des mesures techniques qui restreindraient juridiquement autrui d’accomplir tout acte permis par la licence. - Le plagiat, sous toutes ses formes, constitue une pratique de publication contraire à l’éthique et est inacceptable. Cette revue utilise le logiciel de contrôle de similarité iThenticate.