Figurinos imorais
DOI:
https://doi.org/10.5965/25944630532021218Palavras-chave:
Figurino, Moralidade, GêneroResumo
Este artigo elabora reflexões sobre os trajes da performance “A Public Cervix Announcement” (1990) de Annie Sprinkle (EUA) e os figurinos das encenações “Manga Rosa” (2015) de Lua Menezes para a Bololô Cia. Cênica (RN/Brasil) e “Stabat Mater” (2019) de Janaína Leite (SP/Brasil), pensando em como se apresentam as aparências desses corpos em cena e como elas dialogam e tensionam os julgamentos e violências sobre corpos de mulheres, a partir de vigilâncias moralistas. A escolha dessas obras ocorre pelas semelhanças estéticas que existem na concepção de seus figurinos, a partir das peças de roupas, da exposição de partes do corpo e de um diálogo com a temática do erotismo, do íntimo e da autobiografia. Além disso, é importante destacar que as três artistas em cena são mulheres brancas, cisgêneras e ocidentais, dessa forma, o modo como elaboram o corpo de mulher se relaciona com suas experiências subjetivas e sociais e não universaliza a experiência de ser mulher em uma sociedade.
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Referências
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