A INFLUÊNCIA DAS MÍDIAS SOCIAIS NA PERFORMANCE DA FEMINILIDADE

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5965/18083129172024e0016

Palavras-chave:

feminilidade, feminismo, tendências, redes sociais, gênero

Resumo

O movimento de celebração da feminilidade nas redes sociais impulsionado por mulheres de gerações mais jovens, propõe uma nova narrativa de aceitação das características femininas, mas, ao passo que retoma padrões conservadores acerca do universo feminino, levanta questionamentos sobre seu caráter emancipatório e revolucionário. Este trabalho propõe discutir, através de pesquisa bibliográfica, as motivações por trás desse movimento na internet e avaliar os impactos positivos e negativos que ele apresenta na sociedade. Aplicou-se a pesquisa qualitativa e descritiva. Para a interpretação dos resultados obtidos aplicou-se a Análise Qualitativa dos dados. os resultados indicaram que uma tendência, entre mulheres mais jovens muito presentes nas mídias sociais, em especial no TikTok, em celebrar e de ressignificá-la, transformando-a em uma forma de empoderamento.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Walter Dutra da Silveira Neto, Universidade do Estado de Santa Catarina

Possui graduação em Tecnologia em Processamento de Dados pela Universidade Católica de Pelotas (1994), Especialista em informática na Agropecuária pela Universidade Federal de Lavras - MG, Mestre em Engenharia de Produção pela Universidade Federal de Santa Catarina (2001) e Doutor em Design pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (2010). Atualmente é professor titular da Universidade do Estado de Santa Catarina. Tem experiência na área de Desenho Industrial e Gráfico, com ênfase em Computação Gráfica - ambientes - 2D e 3D - atuando principalmente nos seguintes temas: design instrucional, software, animação, computação, modelagem e Realidade Virtual. Atua como professor permanente do Programa de Pós-Graduação em Moda na área de concentração "Design e Tecnologia do Vestuário", sobre a linha de pesquisa "Design e Tecnologia do Vestuário".

Referências

BUTLER, J. Atos performáticos e a formação dos gêneros: um ensaio sobre fenomenologia e teoria feminista. In: HOLLANDA, H. B. (org.). Pensamento feminista: conceitos fundamentais. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, 2019. p. 222-240.

CAMPOS, V. P. Beleza, feminilidade e reflexividade: Um estudo sobre a mediação agência-estrutura por mulheres intelectuais. 2010, 153 f. Dissertação (Mestrado em Sociologia). Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2010. Disponível em: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/9182. Acesso em: 26 nov. 2024.

CARLOTTO, T. H.; PICCININ, F. Q. Condições para a emergência da narrativa nostálgica na pandemia: de sintoma individual a emoção contemporânea. Acta Scientiarum, Santa Cruz do Sul, v. 43. n. 2, Dez. 2021. Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/357318974_Condicoes_para_a_emergencia_da_narrativa_nostalgica_na_pandemia_de_sintoma_individual_a_emocao_contemporanea. Acesso em: 26 nov. 2024.

DE BEAUVOIR, S. O segundo sexo. Rio De Janeiro (Rj): Nova Fronteira, 1980.

FRANCIS, B., et al. Femininity, science, and the denigration of the girly girl. British Journal of Sociology of Education, v. 38, n. 8, p. 1097–1110, 24 nov. 2016. Disponível em: https://doi.org/10.1080/01425692.2016.1253455. Acesso em: 26 nov. 2024.

HARPIN, J; HOLLAND, S. Who is the “girly” girl? Tomboys, hyper-femininity and gender. Journal of Gender Studies, v. 24, n. 3, p. 293–309, Out. 2013. Disponível em: https://doi.org/10.1080/09589236.2013.841570. Acesso em: 26 nov. 2024.

HUZJAK, M. Girl spaces: images of girlhood on the internet. Cultural Studies, v. 36, n. 5, p. 732-747, Dez. 2021. Disponível em: https://doi.org/10.1080/09502386.2021.2011931. Acesso em: 26 nov. 2024.

KNOWLES, C; LOPES, F. M. How to dress like a feminist: a relational ethics of non-complicity. Inquiry, Essex, p. 1-38, Jul. 2023. Disponível em: https://doi.org/10.1080/0020174X.2023.2233014. Acesso em: 26 nov. 2024.

MISKOLCI, R. Novas conexões: notas teórico-metodológicas para pesquisas sobre o uso de mídias digitais. Cronos, Natal, v. 12, n. 2, p. 09-22, Dez. 2011. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/cronos/article/view/3160. Acesso em: 26 nov. 2024.

PEREIRA, J. V. N.; PONTES, R. Q.; TOZATTO, A. A influência das redes sociais no processo de construção da identidade. Revista Ibero-americana de Humanidades, Ciências e Educação, v. 8, n. 10, p. 591–606, 2022. Disponível em: https://doi.org/10.51891/rease.v8i10.7105. Acesso em: 26 nov. 2024.

PIERCE, AP. The Rise of Bimbo TikTok: Digital Sociality, Postfeminism and Disidentificatory Subjects. In: KRIJNEN, T et al. (org.). Identities and Intimacies on Social Media:Transnational Perspectives. Londres: Routledge, 2022. cap. 12, p. 201-215. Disponível em: https://www.taylorfrancis.com/chapters/oa-edit/10.4324/9781003250982-16/rise-bimbo-tiktok-ap-pierce. Acesso em: 26 nov. 2024.

QUEIROZ, M. T. P. Fashion Tiktok: Como o aplicativo afetou o ciclo de tendências de moda. 2023. 63 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Comunicação Social - Habilitação em Publicidade e Propaganda). Universidade de São Paulo, São Paulo, 2023. Disponível em: https://bdta.abcd.usp.br/directbitstream/8875d186-a880-4043-b1c8-283572c3a3ef/tc5103-Michele-Queiroz-Fashion.pdf. Acesso em: 26 nov. 2024.

RISCHE, J. “I’m not like the other girls”: The phenomenology of affect: How is female self-expression affected by internalized misogyny? 2023, 37 f. Dissertação (Mestrado em Gender Studies - Intersectionality and Change). Linköping University, Linköping, 2023. Disponível em: diva2:1776715. Acesso em: 26 nov. 2024.

ROSA, M. L. C.; SOUZA, J. S. Barbiecore: Um estudo do apelo nostálgico pós Covid-19 e o poder do fã como influenciador da cultura pop internacional. Brazilian Creative Industries Journal, Novo Hamburgo, v. 4, n. 1, p. 46-66, Jun. 2024. Disponível em: https://periodicos.feevale.br/seer/index.php/braziliancreativeindustries/article/view/3727. Acesso em: 26 nov. 2024.

SYKES, I. From ‘girlboss’ to #stayathomegirlfriend: The romanticisation of domestic labour on TikTok. European Journal of Cultural Studies, Londres, v. 0, p. 1-19, Out. 2024. Disponível em: https://journals.sagepub.com/doi/10.1177/13675494241285643. Acesso em: 26 nov. 2024.

WOLF, Naomi. O mito da beleza: como as imagens de beleza são usadas contra as mulheres. Tradução: Waldéa Barcellos. Rio de Janeiro: Rocco, 1992.

Sítios da internet:

ALLEN, O. Girl Trends Are Everywhere. What The Hell Is Going On? Refinery29, 2023. Disponível em: https://www.refinery29.com/en-us/girlhood-trend-girl-dinner-math. Acesso em: 26 nov. 2024.

CLARK, B. Barbiecore Serves Up Hyper-Feminine Fashion — Minus The Male Gaze. Refinery29, 2023. Disponível em: https://www.refinery29.com/en-gb/barbiecore-for-women. Acesso em: 26 nov. 2024.

CORTÉS, M. S. Our Smooth Brained Future: The Rise Of The New Age Bimbo. Refinery29, 2020. Disponível em: https://www.refinery29.com/en-us/2020/12/10204376/tiktok-bimbo-gen-z-trend. Acesso em: 26 nov. 2024.

DOBHAL, P. Why Barbiecore continues to make a compelling case for pink power play. Harper’s Bazaar India, 2022. Disponível em:

https://www.harpersbazaar.in/fashion/story/trend-gaze-how-barbiecore-makes-a-compelling-case-for-pink-power-play-564364-2022-08-15. Acesso em: 26 nov. 2024.

FATODU, T. We're all obsessed with balletcore – the ultra-feminine aesthetic that's pirouetting across TikTok. Glamour UK, 2022. Disponível em:

https://www.glamourmagazine.co.uk/article/balletcore-fashion-trend. Acesso em: 26 nov. 2024.

GIL, Antônio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2008.

GOODHAND, I. Barbie: A Celebration of Hyper-Femininity. Shout Out UK, 2023. Disponível em: https://www.shoutoutuk.org/2023/09/07/barbie-a-celebration-of-hyper-femininity/. Acesso em: 26 nov. 2024.

JARDIM, M. Girlboss: a ascensão e a queda do movimento. Medium, 2021. Disponível em: https://marianajard.medium.com/girlboss-a-ascens%C3%A3o-e-a-queda-do-movimento-c17246a76804. Acesso em: 26 nov. 2024.

MUKHOPADHYAY, S. The Girlboss Is Dead. Long Live the Girlboss. The trope was infantilizing and sexist. For many women, it was also essential. The Cut, 2021. Disponível em: https://www.thecut.com/2021/08/demise-of-the-girlboss.html. Acesso em: 26 nov. 2024.

RUANE, E. (10 de março de 2021). “This is how the strawberry dress became TikTok’s ho-ttest summer item, inspiring knock-offs and controversy along the way” Refinery 29. Disponível em: https://www.refinery29.com/en-us/2021/03/10353481/core-aesthetic -fashion-trends-tiktok, acessado em 15 de Maio de 2025.

PENCE, S. The “De-Villainization” of Femininity. The Daily Fandom, 2023. Disponível em: https://thedailyfandom.org/the-de-villainization-of-femininity/. Acesso em: 26 nov. 2024.

PITCHER, L. The Reclamation of Bimbohood. The Cut, 2021. Disponível em: https://www.thecut.com/2021/12/reclaiming-bimbo-bimbotok.html. Acesso em: 26 nov. 2024.

REILLY, C. Hyperfemininity Isn’t A Trend — It’s A Movement. Nylon, 2022. Disponível em: https://www.nylon.com/life/hyperfemininity-tiktok-feminism-movement. Acesso em: 26 nov. 2024.

YOUNG, C. “Bimbofication” is Taking Over TikTok. Bustle, 2022. Disponível em: https://www.bustle.com/life/bimbofication-meaning. Acesso em: 26 nov. 2024.

Downloads

Publicado

04-09-2025

Como Citar

DUTRA DA SILVEIRA NETO, Walter; CALDAS, Geovana; VANDRESEN, MONIQUE. A INFLUÊNCIA DAS MÍDIAS SOCIAIS NA PERFORMANCE DA FEMINILIDADE. DAPesquisa, Florianópolis, v. 19, n. 01, 2025. DOI: 10.5965/18083129172024e0016. Disponível em: https://revistas.udesc.br/index.php/dapesquisa/article/view/27315. Acesso em: 5 set. 2025.

Artigos Semelhantes

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.