Pó-de-basalto no desenvolvimento de plantas de alface e na dinâmica populacional de insetos
DOI:
https://doi.org/10.5965/223811711642017433Palavras-chave:
Lactuca sativa, silício, dinâmica populacional, alfaceResumo
O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito da aplicação de pó-de-basalto de três origens diferentes, via aplicação no solo (incorporação) e aérea (pulverização) no desempenho de plantas de alface e na dinâmica populacional de insetos fitófagos, respectivamente. Mudas de alface cv. Verônica com oito dias após a emergência foram transplantadas para canteiros após a incorporação dos pós-de-basalto. Os efeitos no desenvolvimento de plantas foram avaliados 50 dias após o transplante, e os parâmetros avaliados foram: estatura de planta, crescimento do sistema radicular, massa seca, diâmetro da inserção, volume do sistema radicular, teores de clorofila e carotenoides. A dinâmica populacional de insetos foi realizada após a aplicação de 100 g de pó-de-basalto diluídos em dois litros de água, através de quatro pulverizações com intervalos de dez dias entre cada. Amostragens foram realizadas diariamente e os insetos capturados foram triados e identificados. Houve um incremento significativo nas variáveis estaturas de planta, crescimento do sistema radicular e massa seca nos tratamentos onde houve incorporação de pó-debasalto no solo em relação ao tratamento controle. Também foi verificado um aumento significativo de 36 e 20% no teor de clorofila e carotenoides nas folhas de alface, respectivamente. Para o volume e diâmetro da inserção do caule não houve diferença significativa entre os tratamentos. A pulverização aérea em plantas de alface com soluções com pó-de-basalto influenciou diretamente a dinâmica populacional de insetos com uma redução significativa no número de indivíduos amostrados em todos os tratamentos.Downloads
Referências
ALMEIDA E et al. 2007. Revitalização dos solos em processos de transição agroecológica no Sul do Brasil. Revista Agriculturas 4: 7-10.
BRAGA FT et al. 2009. Características anatômicas de mudas de morangueiro micropropagadas com diferentes fontes de silício. Pesquisa Agropecuária Brasileira 44: 128-132.
BUSSOLARO I et al. 2011. Aplicação de silício no controle de percevejos e produtividade da soja. Cultivando Saber 4: 9-19.
CANTUÁRIO FS et al. 2014. Podridão apical e escaldadura em frutos de pimentão submetidos a estresse hídrico e doses de silício. Horticultura Brasileira 32: 215-219.
CARVALHO-PUPATTO JG et al. 2004. Atributos químicos do solo, crescimento radicular e produtividade do arroz de acordo com a aplicação de escórias. Pesquisa Agropecuária Brasileira 39: 1213-1218.
CQFS-RS/SC. 2004. Comissão de Química e Fertilidade do Solo. Manual de adubação e calagem para os Estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. 10.ed. Porto Alegre: Sociedade Brasileira de Ciência do Solo. 400p.
COSTA CC et al. 2006. Crescimento, produtividade e qualidade de raízes de rabanete cultivadas sob diferentes fontes e doses de adubos orgânicos. Horticultura Brasileira 24: 118-122.
CRUZ CD. 2013. GENES: a software package for analysis in experimental statistics and quantitative genetics. Acta Scientiarum. Agronomy 35: 271-276.
EPSTEIN E. 1999. Silicon. Annual Review of Plant Physiology and Plant Molecular Biology 50: 641-664.
ESCOSTEGUY PAV & KLAMT E. 1998. Basalto moído como fonte de nutrientes. Revista Brasileira de Ciência do Solo 22: 11-20.
GALLO D et al. 2002. Entomologia Agrícola. Piracicaba: FEALQ. 920p.
GOMES FB et al. 2009. Adubação com silício como fator de resistência a insetos-praga e promotor de produtividade em cultura de batata inglesa em sistema orgânico. Ciência e Agrotecnologia 33: 18-23.
GONDIM ARO et al. 2010. Condutividade elétrica na produção e nutrição de alface em sistema de cultivo hidropônico NFT. Bioscience Journal 26: 894-904.
HANISCH AL et al. 2013. Efeito de pó de basalto no solo e em culturas anuais durante quatro safras, em sistema de plantio direto. Revista Brasileira de Agropecuária Sustentável 3: 100-107.
IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. 2013. Censo 2014: IBGE Cidades. Disponível em: http://www.ibge.gov.br/cidadesat/topwindow.htm?1. Acesso em: 16 set. 2015.
IMENES SD et al. 2000. Manejo integrado de pragas e doenças na cultura da alface. São Paulo: Secretaria de Agricultura e Abastecimento. 51p. (Manual Técnico. Série Especial, 7).
KLEIN MR et al. 2009. Substratos alternativos para produção de mudas de tomate tipo cereja. Revista Brasileira de Agroecologia 4: 3339-3342.
KORNDÖRFER A et al. 2004. Effect of Calcium Silicate on Feeding and Development of Tropical Sod Webworms (Lepidoptera: Pyralidae). Florida Entomologist 87: 393–395.
LAING MD et al. 2006. Silicon use for pest control in agriculture - a review. Proceedings of the South African Sugar Technologists’ Association 80: 278-286.
LICHTENTHALER HK & WELLBURN AR. 1983. Determinations of total carotenoids and chlorophylls a and b of leaf extracts in different solvents. Biochemical Society Transactions 11: 591-592.
LIMA LM et al. 2010. Quantificação da ferrugem asiática e aspectos nutricionais de soja suprida com silício em solução nutritiva. Summa Phytopathologica 36: 51-56.
LOCARNO M et al. 2011. Influência da adubação silicatada no teor de clorofila em folhas de roseira. Ciência e Agrotecnologia 35: 287-290.
MAUAD M et al. 2013. Acúmulo de silício na parte aérea de cultivares de arroz de terras altas afetado pela aplicação de silicato e carbonato no solo. Semina: Ciências Agrárias 34: 2049-2060.
MELO VF et al. 2012. Doses de basalto moído nas propriedades químicas de um Latossolo Amarelo distrófico da savana de Roraima. Acta Amazonica 42: 471-476.
MITANI N & MA JF. 2005. Uptake system of silicon in different plant species. Journal of Experimental Botany 56: 1255-1261.
NOJOSA GBA et al. 2005. Uso de fosfitos e silicatos na indução de resistência. In: CAVALCANTI LS et al. (Eds.). Indução de resistência em plantas a patógenos e insetos. Piracicaba: FEALQ. p.139-153.
OSTERROHT MV. 2003. Rochagem Para Que? Revista Agroecologia Hoje 20: 12-15.
PEREIRA DC et al. 2012. Produção de mudas de almeirão e cultivo no campo, em sistema agroecológico. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental 16: 1100-1106.
PRATES FBS et al. 2010. Crescimento de mudas de maracujazeiro-amarelo em resposta à adubação com superfosfato simples e pó de rocha. Revista Ceres 57: 239-246.
PRATES FBS et al. 2012. Crescimento de mudas de pinhão-manso em resposta a adubação com superfosfato simples e pó-de-rocha. Revista Ciência Agronômica 43: 207-213.
RAFAEL JA et al. 2012. Insetos do Brasil: Diversidade e Taxonomia. Ribeirão Preto: Editora Holos. 810p.
RESENDE FV et al. 2007. Cultivo de alface em sistema orgânico de produção. Brasília: Embrapa Hortaliças.16p. (Circular Técnica, 56).
RESENDE M et al. 2002. Pedologia base para distinção de ambientes. 4.ed. Viçosa: NEPUT. 338p.
RODRIGUES FA et al. 2011. Silício: um elemento benéfico e importante para as plantas. Informações Agronômicas 134: 14-20.
SALA FC & COSTA CP. 2012. Retrospectiva e tendência da alfacicultura brasileira. Horticultura Brasileira 30: 187-194.
SILVA A et al. 2012. Avaliação dos efeitos da aplicação de basalto moído na fertilidade do solo e nutrição de Eucalyptus benthamii. Floresta 42: 69-76.
SILVA VF et al. 2010. Influence of silicon on the development, productivity and infestation by insect pests in potato crops. Ciência e Agrotecnologia 34: 1465-1469.
TAIZ L & ZEIGER E. 2002. Fisiologia Vegetal. Porto Alegre: Artmed. 690p.
THEODORO SH et al. 2012. A Importância de uma Rede Tecnológica de Rochagem para a Sustentabilidade em Países Tropicais. Revista Brasileira de Geografia Física 6: 1390-1407.
WANG SY & GALLETTA GJ. 1998. Foliar application of potassium silicate induces metabolic changes ins strawberry plants. Journal of Plant Nutrition 21: 157-167.
WITHAM FH et al. Experiments in plant physiology, Van Nostrand Reinhold. New York, USA. p. 167-200.
YAMADA T & ABDALLA SRS. 2006. Manejo sustentável na agricultura. Informações Agronômicas, Piracicaba. p. 1-13.
ZUCCHI RA et al. 1993. Guia de identificação de pragas agrícolas. Piracicaba: FEALQ. 139p.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2017 Revista de Ciências Agroveterinárias
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Os autores que publicam nesta revista estão de acordo com os seguintes termos:
a) Os autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista os direitos autorais da primeira publicação, de acordo com a Creative Commons Attribution Licence. Todo o conteúdo do periódico, exceto onde está identificado, está licenciado sob uma Licença Creative Commons do tipo atribuição BY.
b) Autores têm autoridade para assumir contratos adicionais com o conteúdo do manuscrito.
c) Os autores podem fornecer e distribuir o manuscrito publicado por esta revista.