Temperaturas e substratos na germinação e vigor de sementes de Pilosocereus catingicola subsp. salvadorensis da Caatinga Paraibana
DOI:
https://doi.org/10.5965/223811712142022531Palavras-chave:
facheiro, potencial fisiológico, semiárido paraibano, germinação , sementes, germinação - BrasilResumo
A Caatinga incide na vegetação onde predomina o Semiárido brasileiro, com grande variedade de espécies nativas, e o facheiro é uma das mais importantes pela grande abundância que ele ocorre no Semiárido nordestino. É de fundamental importância o conhecimento do comportamento germinativo das espécies da Caatinga para subsidiar ações conservacionistas desse ecossistema. O objetivo deste estudo foi avaliar a resposta da temperatura e do substrato sobre a germinação e vigor de sementes de facheiro. As sementes foram provenientes de frutos maduros coletados em três localidades do Agreste paraibano: Arara, Bananeiras e Boa Vista. Após extração das sementes, estas foram colocadas para secar sobre papel durante uma semana em ambiente de laboratório. Em seguida, deu-se início ao ensaio experimental, testando quatro temperaturas: 20, 25, 30 e 20-30 ºC. O teste de germinação foi conduzido com quatro repetições de 50 sementes distribuídas em gerbox e colocadas em câmaras BOD, utilizando como substrato o papel germitest, com fotoperíodo de 12 horas. O delineamento estatístico foi inteiramente casualizado, com arranjo fatorial 3 x 4 (3 localidades e 4 temperaturas). Houve efeito significativo para as populações e substratos. O melhor substrato para germinação foi o germitest, o substrato vermiculita apresentou boa germinação e o solo germinação baixa. No papel germitest as sementes apresentaram melhor vigor. O substrato papel germitest na temperatura de 25 ºC foi melhor para todas as localidades. O vigor das sementes nas localidades de Bananeiras e Boa Vista, nas temperaturas 25 ºC, 30 ºC e 20-30ºC no substrato papel germitest proporcionaram maior vigor. O papel germitest foi o melhor substrato para germinação da espécie, maximizando seu potencial fisiológico, podendo nos projetos de conservação da espécie acelerar a propagação sexuada.
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