Séries acropodias laterais e mediais são irregulares na forma

Autores

  • Pere M. Parés-Casanova Department of Animal ScienceETSEAUniversity of Lleida http://orcid.org/0000-0003-1440-6418
  • Kirian Narcís Jones Capdevila University of Lleida
  • Laura Castel Mas University of Lleida

DOI:

https://doi.org/10.5965/223811711942020468

Palavras-chave:

ossos digitais, assimetria flutuante, locomoção, vaca Pyrenean Brown

Resumo

Em bovinos, cascos laterais anteriores e posteriores são maiores que os cascos mediais, o talão é mais profundo e o sola mais grosso. Nesta base anatômica, supomos que deve implicar em uma assimetria de forma (tamanho+forma pura) dos dígitos. Para testar essa hipótese, estudamos os acropodiums (série digital) de 15 bovinos jovens pertencentes à raça Pyrenean Brown, independentemente do sexo. Radiografias dorso-plantar foram obtidas para cada membro posterior e a forma foi estudada em uma amostra de 30 membros  (15 à direita e 15 à esquerda). As imagens foram estudadas por métodos geométricos morfométricos. Um conjunto de 7 pontos de referência emparelhados em séries digitais medial e lateral e um marco axial foram usados para o estudo. Os dígitos laterais e medial eram irregulares tanto em tamanho quanto em forma, expressando assimetrias flutuantes e direcionais. Assimimetrias direcionais sugerem uma função diferente para suportar peso. Nós hipotetizamos que os dígitos laterais servem para estabilizar o centro de gravidade em maior medida do que os dígitos mediais. Esses achados sugerem uma reavaliação cuidadosa da função de cada uma das séries digitais durante a posição e durante a locomoção em pesquisas futuras.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ALADOS CL et al. 2001. Translational and fluctuating asymmetry as tools to detect stress-adapted and nonadapted plants. International Journal of Plant Science 162: 607-616.

ANGELOPOULOU MV et al. 2009. Fluctuating molar asymmetry in relation to environmental radioactivity. Archives of Oral Biology 54: 666-670.

AUERBACH BM & RUFF CB. 2006. Limb bone bilateral asymmetry: Variability and commonality among modern humans. Journal of Human Evolution 50: 203-218.

AUFFRAY JC et al. 1999. Shape asymmetry and developmental stability. In: MARK JCM et al. (Ed.). On growth and form: spatio-temporal pattern formation in biology. Nova Jersey: John Wiley and Sons Ltd. p.309-324.

BARONE R. 1999. Anatomie Comparée des mamifères domestiques. Tome 1. Ostéologie. Paris: Vigot. 761p.

BARTOSIEWICZ L et al. 1993. Metapodial asymmetry in draft cattle. International Journal of Osteoarchaeology 3: 69-75.

BERNS CM. 2013. The Evolution of Sexual Dimorphism: Understanding Mechanisms of Sexual Shape Differences. In: MORIYAMA H. (Ed.). Sexual Dimorphism. Londres: IntechOpen. p.1-15.

BETEG F et al. 2007. Lameness, Hoof Care and Functional Trimming in Cows - an Actual Review. Bulletin of University of Agricultural Sciences and Veterinary Medicine Cluj-Napoca - Veterinary Medicine 64: 359-364.

BLACKBURN A. 2011. Bilateral asymmetry of the humerus during growth and development. American Journal of Physical Anthropology 145: 639-646.

BOOKSTEIN FL. 1991. Morphometric Tools for Landmark Data: Geometry and Biology. Cambridge: Cambridge University Press.

CARTER AJR et al. 2009. Heritability of Directional Asymmetry in Drosophila melanogaster. International Journal of Evolutionary Biology 1-7.

CERVENY C. 1985. Anatomical Characteristics on the Ossa Sesamoidea Phalangis Proximalis in Cattle (Bos primigenius F. taurus Linné 1758). Acta Veterinaria Brno 54: 3-22.

COSTA M et al. 2015. Constant fluctuating asymmetry but not directional asymmetry along the geographic distribution of Drosophila antonietae (Diptera, Drosophilidae). Revista Brasileira de Entomologia 59: 337-342.

EBLING RC et al. 2019. Prevalence and distribution of feet lesions in dairy cows raised in the freestall. Semina: Ciências Agrárias 40: 239-248.

GINOT S et al. 2018. Bite Force Performance, Fluctuating Asymmetry and Antisymmetry in the Mandible of Inbred and Outbred Wild-Derived Strains of Mice (Mus musculus domesticus). Evolutionary Biology 45: 287-302.

GRAHAM JH et al. 1993. Antisymmetry, directional asymmetry, and dynamic morphogenesis. Genetica 89: 121-137.

HAMMER Ø et al. 2001. PAST v. 2.17c. Palaeontologia Electronica 4: 1-229.

KLINGENBERG CP. 2011. MorphoJ: An integrated software package for geometric morphometrics. Molecular Ecology Resources 11: 353-357.

KLINGENBERG CP. 2015. Analyzing fluctuating asymmetry with geometric morphometrics: concepts, methods and applications. Symmetry 7: 843-934.

KUBICKA AM et al. 2018. Bilateral asymmetry of the humerus in Neandertals, Australian aborigines and medieval humans. American Journal of Physical Anthropology 167: 46-60.

MAIERL J et al. 2002. A method of biomechanical testing the suspensory apparatus of the third phalanx in cattle: a technical note. Anatomia, Histologia, Embryologia 31: 321-325.

MANCINI S et al. 2005. Detection of symmetry and anti-symmetry. Vision Research 45: 2145-2160.

MITTEROECKER P & GUNZ P. 2009. Advances in Geometric morphometrics. Evolutionary Biology 36: 235-247.

MUGGLIA E et al. 2011. Length asymmetry of the bovine digits. The Veterinary Journal 188: 295-300.

OCAL MK et al. 2004. A quantitative study on the digital bones of cattle. Annals of Anatomy 186: 165-168.

ROHLF FJ. 2010. Digitalized Landmarks and Outlines (2.26). New York: State University of New York.

ROHLF FJ. 2015a. The tps series of software. Hystrix 26: 9-12.

ROHLF FJ. 2015b. TpsSmall v. 1.33. software.

SFORZA C et al. 1998. Foot asymmetry in healthy adults: Elliptic fourier analysis of standardized footprints. Journal of Orthopaedic Research 16: 758-765.

WILSON GH et al. 2009. Skeletal forelimb measurements and hoof spread in relation to asymmetry in the bilateral forelimb. Equine Veterinary Journal 41: 238-241.

Downloads

Publicado

2020-12-14

Como Citar

PARÉS-CASANOVA, Pere M.; JONES CAPDEVILA, Kirian Narcís; CASTEL MAS, Laura. Séries acropodias laterais e mediais são irregulares na forma. Revista de Ciências Agroveterinárias, Lages, v. 19, n. 4, p. 468–473, 2020. DOI: 10.5965/223811711942020468. Disponível em: https://revistas.udesc.br/index.php/agroveterinaria/article/view/17861. Acesso em: 21 nov. 2024.

Edição

Seção

Artigo de Pesquisa - Ciência de Animais e Produtos Derivados