Carbono orgânico e nitrogênio do solo sob alturas de pastejo da Urochloa ruziziensis em sistema agropastoril
DOI:
https://doi.org/10.5965/223811711832019352Palavras-chave:
resíduos vegetais, plantio direto, pastagem, Glycine maxResumo
A matéria orgânica do solo é essencial dentro do sistema agrícola e seu acúmulo pode ser favorecido pelo aporte de resíduos vegetais sobre o solo. Objetivou-se avaliar o efeito da altura de pastejo de Urochloa ruziziensis nos teores e estoques de carbono orgânico e nitrogênio do solo, em sistema agropastoril, em Latossolo Vermelho Distrófico típico. Para o estudo foram coletadas amostras de solo entre os anos de 2010 e 2012. O delineamento foi em blocos casualizados em parcelas subdivididas no tempo e cinco tratamentos, constituídos pelas alturas de pastejo: 10; 20; 30 e 40 cm e mais uma área não pastejada de Urochloa ruziziensis, e três repetições. Determinou-se nas camadas do solo (0-10, 10-20 e 20-30 cm de profundidade) o teor e estoque de carbono orgânico total, carbono orgânico particulado, carbono orgânico associado aos minerais, teor e estoque de nitrogênio total e o teor de nitrogênio mineral. As variáveis estudadas foram submetidas à análise de variância pelo teste F e as médias foram comparadas pelo teste de Tukey, ambos, ao nível de 5% de probabilidade. Os teores e estoques de carbono orgânico total e suas respectivas frações, os teores de nitrogênio total e mineral do solo, além, dos estoques de nitrogênio total do solo, não foram alterados pelas alturas de pastejo e a área não pastejada. Todavia, na camada 0-10 cm, ocorreu aumento dos teores e estoques de carbono orgânico total, carbono orgânico associado aos minerais e redução do carbono orgânico particulado do solo, e, também, aumento dos teores e estoques de nitrogênio total entre o primeiro e o segundo ano de condução, sob plantio direto. Houve aumento dos teores de nitrogênio mineral após a colheita da soja para todas as camadas do solo.
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