CARBENDAZIM, PROCLORAZ, PROPICONAZOL E TEBUCONAZOL PARA O CONTROLE DO OÍDIO DA SOJA

Autores

  • Luiz Eduardo B. Blum
  • Emerson Fábio dos Reis
  • Cassandro Vidal Talamini do Amarante

DOI:

https://doi.org/10.5965/223811710112002046

Palavras-chave:

Controle químico, fungicida, Microsphaera diffusa, Glycine max

Resumo

A ocorrência do oídio (Microsphaera diffusa) da soja (Glycine max) tem aumentado nas últimas safras. Esse fato sugere rapidez na tomada de ações para o controle da doença. O controle químico seria uma das medidas indicadas. Portanto, quatro experimentos conduzidos no campo (1999/2000) foram realizados na região de Londrina/PR com o objetivo de avaliar a eficiência de fungicidas para o controle do oídio na cultivar EMBRAPA 48. Os ensaios foram delineados em blocos ao acaso, sendo dois ensaios com quatro repetições e os demais com três repetições. Em cada teste foi feita uma aplicação dos produtos no estágio R4 da soja. Os tratamentos do ensaio 1 foram (ia = ingrediente ativo; pc = produto comercial): procloraz [450g ia/L] + propiconazol [250g ia/L] (0,5L pc/ha + 0,25L pc/ha); tebuconazol-1 [250g/L] + procloraz(0,3 +0,5); procloraz (0,5); tebuconazol-1 (0,2); tebuconazol-2 [200g/L] - (0,75); tebuconazol-1 + propiconazol (0,3+0,25); tebuconazol-1 + carbendazim-1 [500g/L] (0,3+0,35); propiconazol + carbendazim-1 (0,2+0,35); e testemunha (água). Os tratamentos do ensaio 2 foram: carbendazim-1 (0,5); propiconazol (0,5); propiconazol (0,3); tebuconazol-1 (0,4); tebuconazol-1 + carbendazim-1 (0,4+0,3); tebuconazol-2 (0,5); carbendazim-2 [500g/L] (0,5); procloraz (0,75); testemunha. O ensaio3 foi uma repetição modificada do ensaio1, porém retirou-se o tratamento com tebuconazol-1 (0,2) e adicionou-se o tratamento em mistura tebuconazol- 1 + carbendazim-1 (0,24+0,25). O ensaio 4 foi uma repetição aproximada do ensaio 2 com a ausência dos tratamentos tebuconazol-1 + carbendazim-1 e procloraz (0,75), mas com a adição dos tratamentos isolados com tebuconazol-1 (0,6) e tebuconazol-2 (0,75). Os tratamentos com fungicidas que mais se destacaram, reduzindo a severidade do oídio e favorecendo o aumento de produtividade da soja foram tebuconazol-2 (0,75), procloraz + propiconazol (0,5+0,25), propiconazol + carbendazin-1 (0,2+0,35) e tebuconazol-1 + propiconazol (0,3+0,25) no ensaio 1. No ensaio 2, os melhores tratamentos foram carbendazim-1 (0,5), carbendazim-2 (0,5) e tebuconazol-2 (0,5). No ensaio 3, as misturas de fungicidas mais eficientes foram procloraz + propiconazol (0,5+0,25), tebuconazol-1 + procloraz - (0,3+0,5) e tebuconazol-1 + propiconazol (0,3+0,25). No ensaio 4, todos os tratamentos com fungicidas foram eficientes.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

AZEVEDO, L. A. S. Manual de quantificação de doenças de plantas. São Paulo, Novartis Biociências - Setor Agro, 1998, 114p.

BLUM, L. E. B.; GABARDO, H. Controle químico da ferrugem do alho na região de Curitibanos/SC. Fitopatologia Brasileira, Brasília, v. 18, n. 1, p. 230-232, 1993.

BLUM, L. E. B.; GABARDO, H. Controle químico da sarna da macieira em Lebon Regis/SC. Fitopatologia Brasileira, Brasília, v. 19, n. 1, p. 99-101, 1994.

McGEE, D. C. Soybean diseases: a reference source for seed technologists. St. Paul, APS Press, 1992, 151p.

MICHEL, C. A.; REIS, E. M. Controle químico do oídio e do complexo de doenças de final de ciclo na cultura da soja. Fitopatologia Brasileira, Brasília, v. 23, suplemento, p. 260, 1998.

MICHEL, C. A.; REIS, E. M.; VIEIRA, R. Controle químico do oídio na cultura da soja. Fitopatologia Brasileira, Brasília, v. 23, suplemento, p. 259, 1998.

MILLEO, M. V. R.; VENANCIO, W. S.; ZAGONEL, J.; CASTANHEIRAS, A. F. F. Avaliação de fentin hydroxide aplicado isoladamente e em mistura no controle do oídio, induzido por Microsphaera diffusa em soja. Fitopatologia Brasileira, Brasília, v. 24, suplemento, p. 306, 1999.

PICININI, E. C.; FERNANDES, J. M. Controle químico do oídio Microsphaera diffusa em soja no ano de 1997. Fitopatologia Brasileira, Brasília, v. 22, suplemento, p. 297, 1997.

PICININI, E. C.; FERNANDES, J. M. Doenças da soja: diagnose, epidemiologia e controle. Passo Fundo, EMBRAPA-Trigo, 1998, 91p.

REIS, E. M.; MEDEIROS, C. A.; CASA, R. T. Epidemia de oídio da soja, causada por Microsphaera diffusa, na safra 1996/97, no RS. Fitopatologia Brasileira, Brasília, v. 22, suplemento, p. 300-301, 1997.

RITCHIE, S.; HANWAY, J. J.; THOMPSON, H. E. How a soybean plant develops. Ames: Iowa State University of Science and Technology, Coop. Ext. Serv., 1982, 20p. (Special Report, 53)

SAWADA, E; AZEVEDO, L. A. S. Avaliação de fungicidas no controle do oídio (Erysiphe polygoni DC.) da soja. Fitopatologia Brasileira, Brasília, v. 22, suplemento, p. 306, 1997.

TANAKA, M. A. S.; MASCARANHAS, M. A. A.; ITO, M. F. Reação de cultivares de soja ao oídio (Microsphaera diffusa). Fitopatologia Brasileira, Brasília, v. 22, suplemento, p. 314, 1997.

UTIAMADA, C. M.; SATO, L. N.; Vida, J. B.; YORINORI, J. T. Eficiência de fungicidas no controle de oídio da soja. Fitopatologia Brasileira, Brasília, v. 24, suplemento, p.339-340, 1999.

YORINORI, J. T. Soja (Glycine max (L.) Merril) - controle de doenças. Cap. 21, p. 953-1023. In: Ribeiro do Vale, F. X; Zambolim, L. Controle de doenças de plantas. v. 2. Viçosa, UFV/MAA, 1997.

Downloads

Publicado

2002-05-25

Como Citar

BLUM, Luiz Eduardo B.; REIS, Emerson Fábio dos; AMARANTE, Cassandro Vidal Talamini do. CARBENDAZIM, PROCLORAZ, PROPICONAZOL E TEBUCONAZOL PARA O CONTROLE DO OÍDIO DA SOJA. Revista de Ciências Agroveterinárias, Lages, v. 1, n. 1, p. 46–52, 2002. DOI: 10.5965/223811710112002046. Disponível em: https://revistas.udesc.br/index.php/agroveterinaria/article/view/23925. Acesso em: 28 abr. 2024.

Edição

Seção

Artigo de Pesquisa - Ciência de Plantas e Produtos Derivados

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)