Interação e eficácia de mistura em tanque dos herbicidas dicamba e haloxyfop

Autores

  • Saul Jorge Pinto de Carvalho Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas Gerais - IFSULDEMINAS, Campus Machado. http://orcid.org/0000-0002-8558-6922
  • Veronica Gleice de Oliveira IFSULDEMINAS - Campus Machado
  • Maria Ester Pereira Vilela IFSULDEMINAS - Campus Machado
  • Ana Carolina Mendes IFSULDEMINAS - Campus Machado

DOI:

https://doi.org/10.5965/223811712012021001

Palavras-chave:

ACCase, herbicidas auxínicos, sinergia, antagonismo, aditividade

Resumo

A aplicação de misturas de herbicidas é uma prática recorrente no ambiente agrícola, sobretudo para controle de comunidades mistas de plantas daninhas, quando há ocorrência simultânea de espécies mono e eudicotiledôneas. Assim sendo, este trabalho foi realizado com o objetivo de avaliar a eficácia e a interação de misturas dos herbicidas haloxyfop (graminicida) e dicamba (latifolicida) para controle de quatro espécies de plantas daninhas.  Para tanto, quatro experimentos distintos foram realizados, cada um com uma espécie vegetal, a saber: capim-amargoso (Digitaria insularis), buva (Conyza spp.), corda-de-viola (Ipomoea triloba) e capim-pé-de-galinha (Eleusine indica). Em cada experimento, foi adotado modelo experimental de blocos ao acaso, no esquema fatorial 4x4, totalizando 16 tratamentos e cinco repetições, ou seja, 80 parcelas de cada espécie. Foram utilizadas quatro doses do herbicida dicamba (480, 240, 120 e 0 g ha-1) e quatro doses do herbicida haloxyfop (60, 30, 15 e 0 g ha-1). Foi avaliado o controle percentual das parcelas aos 14 e 28 dias após aplicação (DAA) e massa seca residual aos 28 DAA. Foram observados efeitos antagônicos, aditivos e sinérgicos para misturas entre dicamba e haloxyfop, com maior preponderância de efeitos aditivos. Considerando-se todas as quatro espécies vegetais, em diferentes doses e datas de avaliação, foram avaliadas 72 misturas de dicamba e haloxyfop, em que 50 destas foram consideradas aditivas. Porém, não se pode descartar a possibilidade de antagonismo (nove interações) ou mesmo sinergia (13 interações), sob influência da dose do herbicida, espécie vegetal e momento de avaliação.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

AGOSTINETO MC et al. 2016. Synergism of mixtures of glyphosate and PROTOX inhibitor herbicides for morning-glory control. Journal of Agroveterinary Sciences 15: 8-15.

AGOSTINETTO D et al. 2009. Glyphosate formulations and doses performance in transgenic soybean. Revista Trópica: Ciências Agrárias e Biológicas 3: 35-41.

ALONSO DG et al. 2013. Selectivity of glyphosate alone or in mixtures for RR soybean in sequential applications. Planta Daninha 31: 203-212.

ANDRADE JF et al. 2018. Interaction and efficacy of metusulfuron-methyl and glyphosate tank mixtures. Revista Brasileira de Herbicidas 14: e.610.

BROMMER CL et al. 2000. Antagonism of BAS 625 by selected broadleaf herbicides and the role of ethanol. Weed Science 48: 181-187.

CARVALHO SJP & CHRISTOFFOLETI PJ. 2008. Competition of Amaranthus species with dry bean plants. Scientia Agricola 65: 239-245.

CARVALHO SJP et al. 2019. Efficacy and interaction of haloxyfop-clethodim tank mixtures to post emergence control of sourgrass in Brazil. International Journal of Agriculture Innovations and Research 8: 115-121.

CIUBERKIS S et al. 2010. Effect of weed emergence time and intervals of weed and crop competition on potato yield. Weed Technology 21: 213-218.

COLBY SR. 1967. Calculating synergistic and antagonistic responses of herbicide combinations. Weeds 15: 20-22.

CULPEPPER AS et al. 1999. Influence of bromoxynil on annual grass control by graminicides. Weed Science 47: 123-128.

DALAZEN G et al. 2019. Low temperature reverses the resistance to glyphosate in hairy fleabane (Conyza bonariensis). Journal of Plant Protection Research 59: 433-440.

GAZZIERO DLP. 2015. Mixtures of pesticides in tank, in Brazilian farms. Planta Daninha 33: 83-92.

HEAP IM. 2019. International survey of herbicide resistant weeds. Weed Science Society of America. Available on: http://www.weedscience.org/. Accessed in: 10 Jul. 2020.

HOLSHOUSER DL & COBLE HD. 1990. Compatibility of sethoxydim with five postemergence broadleaf herbicides. Weed Technology 4: 128-133.

LEAL JFL. 2018. Interaction between herbicides and different mechanisms of action for the management of Digitaria insularis and Conyza spp. in areas of soybean production. Dissertation (MSc in Agricultural and Environmental Engineering). Rio de Janeiro: UFRJ. 51p.

LICORINI LR et al. 2015. Identification and control of Digitaria insularis biotypes resistant to the glyphosate. Revista Brasileira de Herbicidas 14: 141-147.

MACIEL CDG et al. 2013. Efficacy of haloxyfop R (GR-142) herbicide isolated and associated to 2.4-D in maize hybrids RR® volunteer control. Revista Brasileira de Herbicidas 12: 112-123.

OLIVEIRA Jr. RS. 2011. Mecanismos de ação dos herbicidas. In: OLIVEIRA Jr. RS et al. (Ed.). Biologia e Manejo de Plantas Daninhas. Curitiba: Omnipax. p.141-191.

OSIPE JB. 2015. Control spectrum, behavior in mixtures and safety interval for the seeding of soybean and cotton to the herbicide dicamba and 2,4-D. Thesis (Doctor Degree in Agronomy), Maringá: UEM. 104p.

PEREIRA GR et al. 2018. Sourgrass response to mixtures of haloxyfop and glyphosate with synthetic auxinic herbicides. Revista Brasileira de Herbicidas 17: e606.

PETERSON DE et al. 2001. Herbicide mode of action. Topeka: Kansas State University. 24p.

SCHERDER EF et al. 2005. Antagonism of cyhalofop grass activity by halosulfuron, triclopyr and propanil. Weed Technology 19: 934-941.

SCOTT AJ & KNOTT MA. 1974. Cluster analysis method for grouping means in the analysis of variance. Biometrics 30: 507-512.

SILVA JF et al. 2007. Herbicidas: absorção, translocação, metabolismo, formulação e misturas. In: SILVA AA & SILVA JF (Eds.). Tópicos em manejo de plantas daninhas. Viçosa: Editora UFV. p.149-188.

SILVA APP et al. 2014. Growth and development of honey weed based on days or thermal units. Planta Daninha 32: 81-89.

SOARES DJ t al. 2012. Control of glyphosate resistant hairy fleabane (Conyza bonariensis) with dicamba and 2,4-D. Planta Daninha 30: 401-406.

TREZZI MM et al. 2007. Antagonistic action of clodinafop-propargyl associated with metsulfuron-methyl and 2,4-D in the control of Italian ryegrass (Lolium multiflorum). Planta Daninha 25: 839-847.

UNDERWOOD MG et al. 2016. The addition of dicamba to post applications of quizalofop-p-ethyl or clethodim antagonizes volunteer glyphosate-resistant corn control in dicamba-resistant soybean. Weed Technology 30: 639-647.

VASCONCELOS MCC et al. 2012. Interferência de plantas daninhas sobre plantas cultivadas. Agropecuária Científica no Semi-Árido 8: 1-6.

VELINI DE et al. 1995. Procedimentos para instalação, avaliação e análise de experimentos com herbicidas. Londrina: SBCPD. 42p.

VIDAL RA. 1997. Herbicidas: mecanismos de ação e resistência de plantas. Porto Alegre: Pallotti. 165p.

Downloads

Publicado

2021-03-29

Como Citar

CARVALHO, Saul Jorge Pinto de; OLIVEIRA, Veronica Gleice de; VILELA, Maria Ester Pereira; MENDES, Ana Carolina. Interação e eficácia de mistura em tanque dos herbicidas dicamba e haloxyfop. Revista de Ciências Agroveterinárias, Lages, v. 20, n. 1, p. 001–009, 2021. DOI: 10.5965/223811712012021001. Disponível em: https://revistas.udesc.br/index.php/agroveterinaria/article/view/18423. Acesso em: 19 abr. 2024.

Edição

Seção

Artigo de Pesquisa - Ciência de Plantas e Produtos Derivados

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)