Uma corpa que encena resistências: visualidades e vocalidades dissidentes na arte de Jup do Bairro
DOI:
https://doi.org/10.5965/1414573103522024e0108Palavras-chave:
arte experimental, transfeminismo, resistência, visualidades dissidentes, corpos periféricosResumo
O artigo explorou as resistências encenadas por Jup do Bairro em sua arte experimental e transfeminista, destacando suas visualidades e vocalidades dissidentes. Através de uma análise de sua obra, com ênfase no videoclipe 'Transgressão', investigou-se como Jup utilizou a encruzilhada como referencial para desestabilizar representações hegemônicas e criar novas formas de subjetividade e existência. A escrita dialogou com conceitos de artivismo, autonarrativa e anamnese, identificando em Jup uma resposta estética e política às opressões e silenciamentos enfrentados por corpos trans, negros e periféricos, sublinhando a interseccionalidade dessas questões.
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