Teatro de Quermesse
DOI:
https://doi.org/10.5965/1414573101462023e0201Palavras-chave:
Teatro brasileiro, Espaço público, Interveção urbana, Cultura popularResumo
O presente artigo trata do retorno da ação artística Passeio Cantante às ruas, após dois anos de isolamento social provocado pela covid-19, com o objetivo de deixar um testemunho da experiência das artes da presença e do isolamento. Soma-se uma narrativa sobre a linguagem que vem sendo criada a partir da intersecção entre patrimônio histórico, cena e tradição junina, a qual aqui é chamada de Teatro de Quermesse. Para descrever como tem sido feito este teatro caipira, adicionamos às informações relacionadas ao Passeio Cantante, informações sobre a urbanização de Campinas desde o século XVIII, sobre as pessoas e a tradição junina aqui plantada desde o século XVI. A partir do material aqui reunido, mostramos como esta dramaturgia para becos, largos e praças, é pensada enquanto acontecimento cênico que evoca a memória da cidade, de uma perspectiva política dos dias de hoje com vistas para proposições de futuro. O texto dialoga com Leda Maria Martins (1997; 2002), Milton Santos (2014), Luís Antônio Simas (2019), entre outras referências.
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