Falemos sobre o lixo: o trabalho da atriz que emerge do que está fora de lugar
DOI:
https://doi.org/10.5965/1414573103332018311Resumo
Neste artigo pretendo apresentar uma das questões que venho trabalhando em minha pesquisa de doutorado referente à investigação de práticas cênicas feministas, relacionada à produção de lixos e descartes (concretos, como resíduos alimentares; metafóricos, como a lapidação do vocabulário), e à possibilidade de criação a partir deste material. Como aporte teórico principal optei pela antropóloga Mary Douglas, e sua obra Pureza e Perigo: ensaio sobre a noção de poluição e tabu(1966), na qual discute a questão do descarte como algo que está fora de alguma ordem estabelecida. Para construir tal discussão, trago para dialogar comigo a personagem Ternurinha, uma mulher em situação de rua, criada no ano de 2009 durante minha graduação em Teatro na UFRGS, e que me acompanha ainda hoje.
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