Ensino de História: temporalidade, pós-verdade e verdade poética
DOI :
https://doi.org/10.5965/21751803ne2021e0110Résumé
Ouvindo alunos da graduação nos 4 estágios supervisionados que temos no departamento de História da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), percebi que 2 temas têm aparecido e retornado com frequência: a) certo desinteresse, ao menos inicial, dos estudantes do ensino básico pelo passado, pela história e pelo ensino de História, especialmente no que diz respeito a um modo específico de relacionamento com passados: o epistemológico-crítico-pragmático; e, também, b) certo questionamento dos alunos (às vezes até mais enérgico/violento) de determinadas interpretações propostas pelos professores. Temos pensado sobre esses desafios ao longo de nossos cursos, de modo que este artigo aborda parte de nossas discussões sobre as questões da temporalidade e da pós-verdade, especialmente naquilo que diz respeito a certo desinteresse pela história e pelo ensino de história. E, por fim, tematizamos um comportamento epistemológico a partir do qual seria possível certo reencantamento da história e do ensino de História, o que denomino verdade poética.
Palavras-chave: temporalidade; pós-verdade; verdade poética.
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