Pensamento indígena e conhecimento histórico: reflexões acerca das funções do ensino de história
DOI:
https://doi.org/10.5965/1984724622482021154Palabras clave:
Lei 11.645/2008, Autores indígenas, Ensino de históriaResumen
O objetivo deste artigo é pensar possíveis diálogos entre a produção teórica de autores indígenas e o ensino de história, intenção que é fundamentada, entre outras coisas, a partir das demandas impulsionadas pela Lei 11.645/2008. Tal medida tornou obrigatório em 2008 o estudo dos povos indígenas nas instituições de ensino brasileiras. A estrutura do texto se divide em duas partes, a primeira contextualiza e analisa aspectos relativos à lei e também às suas Diretrizes Operacionais, publicadas em 2016. A segunda parte se dedica a aprofundar os aspectos teóricos do ensino de história indígena com base nas discussões apresentadas pela educação histórica, focando na perspectiva das narrativas indígenas e suas contribuições para a historiografia e o ensino. Assim, o texto se centra nas duas dimensões do ensino de história indígena, que são tanto a sua função social quanto cognitiva, e para isso se utiliza de autores como Ailton Krenak, Gersem Baniwa e Peter Lee.
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