Historicizando o Teatro em Comunidade
DOI:
https://doi.org/10.5965/2358092508082010109Resumen
Para o teatro historicizante todos os acontecimentos cotidianos são significativos, particulares e passíveis de indagação. Eles permitem a reflexão sobre o comportamento social e possibilitam que a representação se torne um estímulo ao questionamento da realidade. Segundo Freire, o diálogo verdadeiro é aquele que suscita um pensar crítico, percebendo a realidade como um processo. Esta transformação permanente da realidade implica numa transformação social, pois a história vai se fazendo na medida das ações dos homens e nas relações existentes no presente, não podendo ser vista como cristalização de experiências passadas. Para Brecht, as ações que os homens nos mostram são o que constituem as condições históricas de uma época. As relações humanas devem ser consideradas efêmeras e o teatro deve trabalhá-las sob esta ótica. Nosso campo de experimentação do conceito de historicização enquanto instrumento meto-dológico em teatro e comunidade foi a peça teatral “Vida Loka”, criada por adolescentes de Nova Esperança, que tem como protagonista a personagem Kely, uma típica adolescente da periferia. Através de perguntas estratégicas sobre as opções desta personagem, nos moldes propostos por Brecht, exploramos as relações entre a realidade mostrada nas cenas e o contexto social, político e histórico em que está inserida a comunidade em que vivem os adolescentes.Descargas
Citas
BORNHEIM, G. Brecht. A Estética do Teatro. Rio de Janeiro: Graal, 1992.
BORIE, M.; ROUGEMONT, M.; SCHERER, J. Estética Teatral. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1996.
BRECHT, B. Teatro Dialético. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1967.
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ESSLIN, M. Brecht. Dos males o menor. Rio de Janeiro: Zahar, 1979. FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. Rio de Janeiro: Paz e terra, 1977.
ESSLIN, M. Brecht.Ação Cultural para a Liberdade e outros Escritos. Rio de Janeiro: Paz e terra, 1984.
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