Arreda Boi: a brincadeira do Boi-de-mamão como resistência e profanação no processo educativo das culturas populares

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5965/2358092521222019009

Palavras-chave:

cultura popular, brincadeira, profanação, Boi-de-mamão

Resumo

Este artigo propõe-se a olhar para a brincadeira popular do Boi-de- mamão, tradicional no litoral catarinense, do grupo Arreda Boi da localidade da Barra da Lagoa, situada no município de Florianópolis (SC), a partir da minha experiência na condição de artista, arte educadora e brincante participante do grupo, num período onde a arte e a cultura popular estiveram muito próximas das políticas públicas de cultura. Esse olhar visa refletir sobre a permanência da brincadeira na comunidade, analisando os períodos de existência do grupo e traçar alguns questionamentos no que se refere à sustentabilidade, desenvolvimento e transformações na estrutura do grupo, abordando o conceito de brincadeira e jogo num aspecto de resistência frente à pressão das elites para a homogeneização da cultura.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Sonia Laiz Vernacci Velloso, Universidade do Estado de Santa Catarina - UDESC

Área de artes cenicas, Licenciada e Bacharela em Teatro, mestra em Teatro, professora substituta no curso de dança da FURB.

Referências

AGAMBEM, Giorgio. Profanações. trad. Selvino José Assman.

São Paulo: Boitempo, 2007.

ASSOCIAÇÃO CULTURAL ARREDA BOI. Arreda: É Boi-de-Mamão,

vamos brincar!? Associação Cultural Arreda Boi, texto Renata Apgaua Britto. 1ªed. Florianópolis: Ed. Da Autora, 2014.

BELTRAME, Valmor. (2007). O ator no boi-de-mamão: reflexões sobre tradição e técnica. Móin-Móin – Revista de Estudos sobre Teatro de Formas Animadas. Jaraguá do Sul SCAR/UDESC, ano 3, nº. 3.

CARVALHO, J. Jorge de. ‘Espetacularização’ e ‘canabalização’ das culturas populares na América Latina. Revista ANTHROPOLÓGICAS, ano 14, vol.21 (1): 39-76, 2010.

FERREIRA, João Luiz Silva. In.: BRASIL. Cultura Viva: Programa Nacional de Arte, Educação, Cidadania e Economia. Brasília: Secretaria de Programas e Projetos Culturais do Ministério da Cultura, 2005.

FREIRE, Marcelino. Depoimento em vídeo. In.:RHODEN, C. Tarja branca: a revolução que faltava (Documentário). Produção: Estela Renner, Luana Lobo, Marcos Nisti. Roteiro: Cacau Rhoden, Estela Renner, Marcos Nisti. São Paulo: Maria Farinha Filmes, 2014. (80min), son., color.

GONÇALVES, Reonaldo Manoel. Cantadores de Boi-de-mamão: velhos cantadores e educação popular na Ilha de Santa Catarina. Florianópolis, Dissertação (Mestrado em Educação) - Centro de

Ciências da Educação, Universidade Federal de Santa Catarina,

HUIZINGA, Johan. Homo Ludens: o jogo como elemento da cultura. São Paulo: Perspectiva, 242p. 1990.

KERÉNYI, Karl. Dioniso: Imagem arquetípica da vida indestrutível.

Trad. Ordep Trindade Serra. São Paulo: Odysseus, 2002.

MOREIRA, Andressa Urtiga. Políticas de resistência pelo encantar: o brincar na cultura popular. Psicologia em Estudo, vol. 20, núm. 4, octubre-diciembre, 2015, pp. 687-698 Universidade Estadual de Maringá Maringá, Brasil.

NÓBREGA, Antônio. Depoimento em vídeo. In.:RHODEN, C. Tarja branca: a revolução que faltava (Documentário). Produção: Estela Renner, Luana Lobo, Marcos Nisti. Roteiro: Cacau Rhoden, Estela Renner, Marcos Nisti. São Paulo: Maria Farinha Filmes, 2014. (80min), son., color.

Brincadeiras e apanhados. Ditados populares. 05/03/2009. Disponível em: http://brincarvalho.blogspot.com/2009/03/ ditados-populares.html Acesso em: 18/11/2019.

Downloads

Publicado

2019-12-19

Como Citar

VELLOSO, Sonia Laiz Vernacci. Arreda Boi: a brincadeira do Boi-de-mamão como resistência e profanação no processo educativo das culturas populares. Revista NUPEART, Florianópolis, v. 22, n. 2, p. 09–29, 2019. DOI: 10.5965/2358092521222019009. Disponível em: https://revistas.udesc.br/index.php/nupeart/article/view/2358092521222019009. Acesso em: 26 dez. 2024.

Edição

Seção

Artigos