A moda e sinais de distinção social na vida de uma artista uruguaia
DOI:
https://doi.org/10.5965/25944630532021128%20Palavras-chave:
Moda, Artista, ImprensaResumo
O presente artigo visa analisar um conjunto de imagens, de fotografias a reproduções fotográficas em periódicos uruguaios e brasileiros, como Anales: Revista Mensual Ilustrada, Mundo Uruguayo, O Cruzeiro e O Jornal. Estas imagens são indícios da trajetória artística da uruguaia Raquel Aliseris Bernadá [de Labaure-Casaravilla] (1923-1986), desde uma foto laureada em que aparece com a obra “Patos Pekineses” do Salón Nacional de 1938, de uma exposição portenha, da presença em museus europeus onde realizou cópias de obras consagradas, da presença em festas até o casamento em Montevidéu. As imagens permitem revelar a trajetória dessa artista com sinais de distinção social e identificar a moda e a cultura da aparência. O ponto de inflexão é o casamento, quando a noiva é representada nos periódicos montevideanos dentro da tradição com toques de modernidade, com vestido de cetim, véu, grinalda e bouquet originais. A pesquisa mostrou uma artista comprometida com sua arte e vestida com sobriedade e elegância nos lugares de sociabilidade artística, por outro lado, é vista pela imprensa platina e brasileira como uma socialite, com roupas que denotam distinção social e de acordo com as tendências da moda.
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