Criança não é Propriedade, é Responsabilidade: A Voz da Fotografia na Defesa das Infâncias
DOI:
https://doi.org/10.5965/244712671032024127Palavras-chave:
Adultocentrismo, Crianças Brasileiras, Fotografia, Infâncias, Violação de DireitosResumo
Este estudo, centrado na exposição fotográfica Criança na Mídia: "Criança não é propriedade, é responsabilidade," investiga como a apropriação e multiplicação das imagens de crianças na cultura midiática contemporânea contribui para a violação de seus direitos. A pesquisa explora de que maneira essas representações podem reforçar a subalternidade infantil e como a arte fotográfica pode atuar como uma ferramenta interventiva para questionar e criticar essas construções simbólicas, levando à reflexão sobre o lugar das infâncias em nossa sociedade. Metodologicamente, o trabalho adota uma abordagem qualitativa, fundamentada na pesquisa-intervenção, que se desenvolve em três fases subsequentes: (1) brainstorming e pré-produção, focados na definição de atributos visuais e soluções conceituais para a criação das imagens; (2) produção fotográfica, etapa dedicada à elaboração das fotografias conforme o planejamento elaborado; e (3) pós-produção, que abrange o tratamento das imagens e a formulação de uma estratégia de divulgação da exposição. A análise revela que a fotografia, ao desafiar representações estabelecidas, pode atuar como uma ferramenta poderosa na promoção da cidadania e na conscientização sobre questões sociais e culturais ligadas à infância.
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