Carta à performer Eleonora Fabião: o que pode um corpo que sofre
DOI:
https://doi.org/10.5965/1414573102272016036Resumo
Nesta carta escrita à performer Eleonora Fabião, relato a criação e execução do que ela chama de “programa performativo” como uma ferramenta de apropriação do meu corpo e das feridas que nele se inscrevem. Partindo da definição de David Lapoujade para um “corpo que não aguenta mais”, e desejando a criação de um “corpo sem órgãos” proposta por Gilles Deleuze e Félix Guattari, aposto num corpo performativo como aquele que sabe se proteger das “feridas grosseiras” sem cair em uma “queda suicida ou demente”. Analiso a realização da performance Vodu como um “motor de experiência” que, ao evocar a potência de um corpo exposto às feridas, recusa deixar de sentir.
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